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Winston Leonard Spencer-Churchill         
Ano: 1965 – RHM C0532 – Data de Emissão: 25/06/1965
Winston Leonard Spencer-Churchill nasceu em 30 de novembro de 1874 no Palácio de Blenheim, na cidade inglesa de Woodstock. Churchill serviu o exército britânico entre 1895 e 1924, tornando-se Tenente-Coronel na Academia Militar de Sandhurst. Filiou-se ao Partido Conservador e exerceu os cargos de Secretário de Estado, Deputado, Chanceler do Tesouro, Ministro das Finanças, do Comércio, da Defesa, das Colônias, quando o partido estava no governo. Na Segunda Guerra Mundial foi eleito em 1940 Primeiro-Ministro do Reino Unido e se destacou pela sua intransigência em relação ao nazismo. Por outro lado, tinha que manter as esperanças do povo britânico e fazia discursos que era acompanhado por toda população. Nesta época, criou laços com o presidente dos Estados Unidos Franklin Roosevelt, pois o Reino Unido dependia diretamente da cooperação americana a fim de resistir aos ataques alemães. Churchill foi um exímio orador, sendo conhecido por seus discursos nacionalistas que pregavam a paz. Pela publicação de seus artigos e obras recebeu em 1953 o Prêmio Nobel de Literatura. Em 1955 renunciou ao cargo de Primeiro Ministro, fazendo um grande discurso intitulado “Jamais Desesperar”. Churchill faleceu em Londres, no dia 24 de janeiro de 1965.
 
Christian Friedrich Samuel Hahnemann
Ano: 1954 – RHM C0350 – Data de Emissão: 08/10/1954
Christian Friedrich Samuel Hahnemann nasceu em 10 de abril de 1755, em Meissen, na Saxônia. Durante sua formação escolar aprendeu várias línguas estrangeiras: inglês, francês, espanhol, latim, árabe, grego, hebreu e caldeu, além da língua nacional. Foi estudar Medicina em Leipzig e Viena. Na carreira médica se mostrava inquieto por não conseguir bons resultados na cura dos enfermos que tratava, e aos 36 anos, após a morte de um amigo que cuidava clinicamente, resolve abandonar a medicina. Fazendo a tradução de uma obra de um médico escocês William Cullen, no ano de 1790, surpreende-se com a descrição das propriedades do quinino. Ele próprio passou a ingerir doses de quinino, comprovando que os resultados eram semelhantes à febre combatida por aquele produto. Repetiu a experiência com outras drogas, como o mercúrio, a beladona, sempre no homem sadio, concluindo por elaborar a doutrina homeopática, resumida na expressão: “similia similibus curantur”, ou seja, sintomas semelhantes são curados por remédios semelhantes. Já no ano de 1796, suas observações foram divulgadas. Observações que passariam a compor sua mais importante obra: “O Organon”, publicado em 1810, onde explica seu sistema e cria a Homeopatia. Desde os primeiros momentos, Hahnemann sofreu acirrada campanha contrária ao que expunha. Somente em 1835, já com seus 80 anos, foi procurado por uma jovem que o buscou em sua cidade como último recurso médico e foi por ele curada. Christian Hahnemann faleceu em 2 de julho do ano de 1843.

 

Auguste de Saint-Hilaire
Ano: 1953 – RHM C0315 – Data de Emissão: 30/09/1953
Auguste François Cesar Prouvençal de Saint-Hilaire nasceu em 1779 na cidade de Orléans na França. Chegou ao Brasil em 1816 acompanhando a missão extraordinária do Duque de Luxemburgo, para realizar seus estudos e mandar amostras da flora local para os museus da França. Em sua passagem pelo Brasil fez observações sensíveis e minuciosas sobre a natureza nas antigas províncias da região sudeste, à época praticamente intocadas pela civilização. Coletou e documentou várias amostras de plantas, animais e rochas, registrou aspectos da fauna, flora e geologia, mas também das complexas relações humanas presentes na América portuguesa, dedicando considerável atenção às sociedades indígenas. Andava sempre em lombo de cavalos e mulas por estradas empoeiradas abertas com facão por seus companheiros de viagem, frequentemente escravos. Se preocupava com as queimadas nas florestas, que destruíam grande parte da mata virgem, apenas para abrir espaço para o cultivo de milho. Auguste de Saint-Hilaire deixou o Brasil em 1822 após ser envenenado por mel de vespa, que compromete o sistema nervoso. Para se tratar, ele voltou para a França. Com grande dificuldade, foi em Montpellier que ele redigiu a sua obra monumental “Voyages dans l’intérieur du Brésil” —oito volumes, 3.405 páginas. Faleceu em 30 de setembro de 1853 aos 74 anos, mas suas obras são citadas e estudadas até hoje.

 

José Maria Oscar Rodolpho Bernardelli y Thierry, nasceu em Guadalajara (México) em 18 de dezembro de 1852 e faleceu no Rio de Janeiro (Brasil) em 7 de abril de 1931. Em companhia da família (foi irmão dos também artistas Henrique Bernardelli e Félix Bernardelli), deixou o México em 1866, passando pelo Chile e Argentina e fixando moradia no Rio Grande do Sul. De lá, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde frequentou, entre 1870 e 1876, aulas de escultura e de desenho de modelo vivo na Academia Imperial de Belas Artes. Naturalizou-se brasileiro em 1874. Viveu alguns anos na Europa, estudando em Roma. De volta ao Brasil, passou a atuar como professor de escultura na Academia Imperial de Belas Artes. Considerado um dos reformadores do ensino artístico no Brasil, Rodolpho Bernardelli é, entre 1890 e 1915, o primeiro diretor da recém-instituída Escola Nacional de Belas Artes. Bernardelli deixa uma extensa produção, que inclui inúmeros bustos de personalidades públicas, obras tumulares e diversos monumentos comemorativos, realizados principalmente para a cidade do Rio de Janeiro. Parte considerável de seus trabalhos foram doados para a Pinacoteca do Estado de São Paulo e para o Museu Mariano Procópio, em Juiz de Fora, onde está seu último trabalho: um busto inacabado.

 

Franklin Delano Roosevelt nasceu em Hyde Park, estado de Nova York, em 30 de janeiro de 1882. Ele frequentou a Universidade Harvard e a Faculdade de Direito de Colúmbia, em Nova York. Seguindo o exemplo de seu primo em quinto grau, o ex-presidente Theodore Roosevelt, entrou para a política em 1920. Em 1921, aos 39 anos, foi acometido de poliomielite. Em 1928 se tornou governador de Nova York. Concorreu à presidência dos Estados Unidos em 1932 e foi eleito por uma esmagadora maioria de votos tomando posse em março de 1933, tornando-se o 32º Presidente dos Estados Unidos da América. Foi reeleito em 1936, 1940 e 1944. Roosevelt contornou a crise econômica que se abatera sobre os Estados Unidos desde 1929. Em meio aos conflitos da Segunda Guerra Mundial, o presidente procurou manter uma relação neutra com os demais países europeus. Mas a posição de neutralidade dos EUA foi desafiada quando, em 7 de dezembro de 1941, o Japão atacou a base americana de Pearl Harbor, levando o país a entrar na guerra. O presidente desenvolveu um trabalho diplomático na preparação do pós-guerra, para evitar enfrentamentos com os países aliados. Gravemente enfermo, não chegou a assistir à vitória aliada. Franklin D. Roosevelt morreu na cidade americana de Warm Springs, Georgia, em 12 de abril de 1945. Franklin Delano Roosevelt era um filatelista.

 

Santa Casa da Misericórdia de Santos
Ano: 1943 – RHM C0186 – Data de Emissão: 07/11/1943
A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santos foi fundada em 1542, por Braz Cubas, fidalgo português e líder do povoado de São Vicente. O nobre português construiu o hospital com recursos próprios e a ajuda de moradores da região. O seu primeiro prédio foi inaugurado no dia 1° de novembro de 1543 e o seu nome era Hospital de Todos os Santos. A construção da segunda estrutura foi concluída em 1665, no Campo da Misericórdia, atual Praça Visconde de Mauá. Em 1836 Dr. Cláudio Luiz da Costa inaugurou o terceiro prédio, junto ao Monte Serrat, o qual foi parcialmente destruído em 1928 por um deslizamento de terra. A quarta e atual instalação foi inaugurada no dia 02 de julho de 1945 pelo presidente Getúlio Dornelles Vargas. A Santa Casa de Santos foi o primeiro hospital do Brasil e é uma instituição filantrópica fundamental no cenário de assistência à saúde. A Santa Casa da Misericórdia de Santos serviu para a prática e o ensino da Medicina quase três séculos antes da fundação da primeira faculdade de medicina no país. O jesuíta Anchieta foi um dos primeiros membros do corpo clínico da Santa Casa de Santos, embora não fosse médico. Seminarista da congregação de Santo Inácio de Loyola, ele ensinava a todos como fazer curativos e tratar problemas mais comuns.

 

Engenheiro Aarão Reis
Ano: 1953 – RHM C0298 – Data de Emissão: 066/06/1953
Aarão Leal de Carvalho Reis nasceu em Belém no dia 6 de maio de 1853. No Rio de Janeiro cursou a Escola Central e aí se formou engenheiro geógrafo em 1872, bacharelou-se em ciências físicas e matemáticas em 1873 e em engenharia civil em 1874. Em 1889 participou da construção da Estrada de Ferro de Pernambuco. Em 1891 tornou-se engenheiro-chefe dos serviços de eletricidade da Estrada de Ferro da Tijuca, destacando-se pela introdução pioneira dos bondes elétricos no Brasil. Em 1892 foi convidado pelo então presidente do estado de Minas Gerais, Afonso Pena, para dirigir a Comissão de Estudos das Localidades Indicadas para a Nova Capital, e em seguida, para conduzir a Comissão Construtora da Nova Capital, entre os anos de 1894 e 1895. Aarão Reis é responsável pela maior iniciativa urbanística do século XIX no Brasil: a construção da nova capital do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, um projeto de implantação de uma cidade para abrigar uma população de 30 a 200 mil habitantes. No plano apresentado por Aarão Reis a cidade é dividida em três zonas: urbana, suburbana e de sítios. Em maio de 1895, Reis deixa a direção da comissão, sendo substituído pelo engenheiro Francisco de Paula Bicalho, que inaugura a capital em dezembro de 1897. Aarão Reis assume a direção dos Correios da República, em 1895, do Banco do Brasil, entre 1895 e 1897, da Estrada de Ferro Central do Brasil, entre 1906 e 1910. Faleceu no Rio de Janeiro em 1936.
 
Associação Cristão de Moços-ACM
Ano: 1944 – RHM C0192 – Data de Emissão: 07/06/1944
A Associação Cristão de Moços – ACM (Young Men’s Christian Association-YMCA em inglês) surgiu em 06 de junho 1844 na cidade de Londres na Inglaterra, fundada por George Williams com o objetivo de se configurar como um espaço de discussão para o novo cenário que se apresentava com a Revolução Industrial. A ACM se expandiu rapidamente. Apesar da origem inglesa, foi nos Estados Unidos que ela mais cresceu, unindo a prática esportiva ao objetivo inicial do seu fundador: o cultivo das virtudes do caráter e do espírito, da disciplina do corpo e, principalmente, do lado comunitário e humano. Foi a grande disseminadora de práticas desportivas como o voleibol, o futsal e o basquetebol, devido às suas unidades espalhadas por todo o mundo. No Brasil a Associação Cristã de Moços foi fundada na cidade do Rio de Janeiro pelo missionário americano Myron Clark no ano de 1893, inclusive a ACM-Rio de Janeiro foi a primeira filial a ser fundada na América Latina. A Associação Cristã de Moços é uma instituição educacional, assistencial e filantrópica, que congrega pessoas sem distinção de raça, posição social, crença religiosa, politica ou de qualquer natureza. A ACM está presente em mais de 123 países, totalizando mais de 14 mil sedes e 45 milhões de associados. Em 1946, em homenagem ao trabalho desenvolvido pela ACM no período de guerras, John R. Mott, líder acemista, recebe o Prêmio Nobel da Paz.

 

Tico-tico
Ano: 1994 – RHM 715 – Data de Emissão: 01/07/1994
O tico-tico, cujo nome científico é Zonotrichia capensis, é uma ave tão popular quanto o Pardal aqui no Brasil, sendo facilmente encontrado em áreas urbanas. Ele pode ser encontrado em uma grande variedade de habitats. Indo desde o extremo sudeste do México até a Terra do Fogo, evitando apenas florestas muito densas. O tico-tico tem canto melodioso e também emite uma vocalização durante a madrugada. O canto noturno é forte e prolongado e pode ser produzido durante o dia, em uma situação em que a ave se sentir ameaçada. Na região de Minas Gerais, acredita-se que o canto matinal do tico-tico seja uma melodia que diz “Bom dia, seu Chico”. Mede de 13,5cm a 15cm de comprimento. Tem um pequeno topete com desenho estriado na cabeça, um colar ferrugíneo e garganta branca. A sua alimentação é basicamente composta por sementes e grãos. O tico-tico possui uma característica muito peculiar durante a sua alimentação, onde normalmente dá “pulos”, sendo uma forma de retirar as folhas do chão para ter acesso aos alimentos do solo, fazendo este ritual, até mesmo, em locais lisos e limpos. Este pássaro ficou ainda mais famoso após o lançamento e enorme sucesso da música “Tico-tico no Fubá”, interpretado pela Carmen Miranda.

 

São Pascoal Baylon
Ano: 1955 – RHM C0366 – Data de Emissão: 17/07/1955
São Pascoal Baylon nasceu na cidade de Torre Formosa, na Espanha, no dia 16 de maio de 1540. O dia de seu nascimento coincidiu com a festa de Pentecostes, chamada na Espanha “a Páscoa do Espírito Santo”, e por isso recebeu o nome de Pascoal. Pascoal trabalhou como pastor de ovelhas dos 7 aos 24 anos. Aprendeu a ler sozinho, como autodidata, através dos livros de oração. Em 2 de fevereiro de 1564, já com fama de santidade, pode vestir o hábito franciscano e, no ano seguinte, fazer sua profissão religiosa no convento dos frades alcantarinos de Orito. Por causa de sua pouca instrução, os franciscanos lhe deram ofícios humildes. Foi porteiro, cozinheiro, mensageiro e auxiliar de serviços gerais. Caridoso e obediente às regras da Ordem fazia penitência constante, alimentando-se pouco e mantendo-se sempre em oração. Há uma coincidência curiosa na vida de Pascoal: o dia de seu nascimento, em 16 de maio de 1540, ocorreu no dia de Pentecostes e seu falecimento, – por fraqueza, provações, constantes jejuns e privações corporais, – em 17 de maio de 1592, também no dia de Pentecostes. Sua santidade foi confirmada por muitos milagres que espalharam sua fama por todo o mundo católico. Vinte e seis anos depois, no dia 29 de outubro de 1618, era proclamado bem-aventurado (beato) por Paulo V e a 16 de outubro de 1690, canonizado por Alexandre VIII. Em 1897, o Papa Leão XIII o proclamava Padroeiro das Obras e dos Congressos Eucarísticos.
Martim Afonso de Souza
Ano: 1932 – RHM C0043 – Data de Emissão: 03/06/1932
Martim Afonso de Sousa nasceu entre 1490 e 1500, em Vila Viçosa, uma vila localizada no Distrito de Évora, em Portugal. Na juventude estudou Matemática, Cosmografia e Navegação. Ao subir ao trono, como D. João III, o soberano nomeou Martim Afonso, como o comando da expedição de 1530 ao território brasileiro. No dia 3 de dezembro de 1530, a expedição de Martim Afonso de Souza partiu para o Brasil com a tríplice missão: combater os traficantes franceses, penetrar nas terras na direção do Rio da Prata para procurar metais preciosos e, ainda, estabelecer núcleos de povoamento no litoral. A esquadra de cinco embarcações, bem armada e aparelhada, reunia quatrocentos colonos e tripulantes. No dia 30 de abril de 1531, Martim Afonso de Souza, depois de deixar alguns homens na costa de Pernambuco, navegou até a baía da Guanabara e seguiu em direção ao Rio da Prata. Voltou a subir a costa brasileira e em 22 de janeiro de 1532 fundou a primeira vila da América portuguesa: São Vicente, localizada no litoral paulista. Ali distribuiu lotes de terras aos novos habitantes, além de dar início à plantação de cana-de-açúcar. Montou o primeiro engenho da Colônia, o “Engenho do Governador”, situado no centro da ilha de São Vicente. Em 1533 retorna a Portugal e é nomeado o Capitão-Mor do Mar das Índias. No mesmo ano, foi-lhe atribuída a Capitania de São Vicente, onde se tornou seu donatário até o dia de sua morte. Em 21 de julho de 1571, Martim Afonso de Sousa faleceu na cidade de Lisboa.

 

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é WhatsApp-Image-2020-08-28-at-3.40.47-PM.jpegBandeira do Povo Hispânico
Ano: 1933 – RHM C0058 – Data de Emissão: 18/08/1933
A Bandeira do Povo Hispânico (Bandera de la Raza Hispánica, no original em espanhol) é um pendão representativo de todos os países hispânicos das Américas, resultado de uma iniciativa promovida pela poetisa uruguaia Juana de Ibarbourou. Para isso, em 1932 organizou um concurso em que foram apresentadas diversas propostas para a Bandeira do Povo Hispânico. O concurso foi vencido por Ángel Camblor, capitão do Exército do Uruguai. O lema que acompanha a bandeira é “Justiça, União, Paz e Felicidade”, valores que Ángel Camblor assinalou como representativo do povo hispânico. O branco simboliza a paz; o Sol oculto relembra o deus Inti, da mitologia incaica, como o despertar do continente americano; as três cruzes representam as caravelas com que Cristóvão Colombo descobriu a América (Santa Maria, Pinta e Niña). A cor púrpura das três cruzes refere-se à cor do leão da Coroa de Castela, local onde nasceu a língua espanhola. A Bandeira do Povo Hispânico foi hasteada pela primeira vez em 12 de outubro de 1932 e adotada oficialmente por todos os Estados da América como bandeira representativa no âmbito da VII Conferência Pan-Americana, que se reuniu em novembro de 1933 no Uruguai.

 

Dwight David Eisenhower
Ano: 1960 – RHM A091 – Data de Emissão: 23/02/1960
Dwight David Eisenhower nasceu em 14 de outubro de 1890, em Denison, Texas. Estudou na Academia Militar de West Point, se formando em 1915. Na década de 1930, ele serviu como assistente do General Douglas MacArthur nas Filipinas. Foi nomeado em 1941 Comandante-em-Chefe da operação de desembarque britânica e norte-americana no Norte da África. Em 1943 torna-se comandante das tropas aliadas na Europa, e em Londres prepara o chamado Dia D. Como reconhecimento por seu trabalho frente aos aliados, foi promovido ao grau de General do Exército, o grau máximo das forças armadas norte-americanas. A popularidade que conquistou com a vitória militar na Segunda Guerra Mundial fez com que Eisenhower recebesse vários convites para entrar na política. Em maio de 1952 concorreu a candidato pelo Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, foi eleito e ocupou o cargo de 1953 a 1957. Em 1956 foi reeleito por esmagadora maioria e novamente foi presidente durante os anos 1957-1961. Seus principais desafios vieram da política internacional, dominada naqueles anos pela “guerra fria” que opôs os Estados Unidos contra a União Soviética em escala mundial. Internamente foi responsável pela promoção de várias leis contra a segregação racial. Eisenhower foi o 34º Presidente dos Estados Unidos. Eisenhower morreu em 28 de março de 1969.

 

Rei Afonso Henriques
Ano: 1941 – RHM C0160 – Data de Emissão: 21/07/1941
Dom Afonso Henriques, o fundador de Portugal nasceu a 25 de julho de 1109 em Guimarães. No ano de 1120 (com apenas 11 anos) D. Afonso juntamente com Dom Paio o Arcebispo de Braga, assumiu uma posição política contrária à de sua mãe; foi essa sua posição que o obrigou a emigrar juntamente com Dom Paio, que o armou cavaleiro aos 13 anos de idade. Já com 19 anos e no regresso ao Condado Portucalense em 1128, defrontou e venceu as hostes de Fernão Peres de Trava na Batalha de São Mamede, assumindo o governo do Condado Portucalense, com o objetivo de confirmar a independência. Dom Afonso Henriques fundou o Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra no ano de 1131, erigiu diversos castelos onde se destaca o de Leiria no ano de 1135, um dos pontos nevrálgicos e estratégicos para o desenvolvimento e consolidação da reconquista. Em 1139, Afonso Henriques organizou uma grande expedição que entrou por terras islâmicas e culminou na Batalha de Ourique. Com o triunfo alcançado, Afonso Henrique passou a se intitular “Rei dos Portugueses” (Portugalensium rex) título que aparece nos documentos da corte. Dom Afonso Henriques faleceu em 6 de dezembro de 1185. Chamado de “O Conquistador” reinou de 1139 a 1185, e deixou como legado uma nação.

 

III Congresso Eucarístico Nacional em Recife/PE
Ano: 1939 – RHM C0137 – Data de Emissão: 03/09/1939
Congressos eucarísticos nacionais são realizados pela Igreja no mundo inteiro, reunindo o povo em torno da Eucaristia. Recife sediou o III Congresso Eucarístico Nacional (CEN), entre os dias três e sete de setembro de 1939, no episcopado de Dom Miguel de Lima Valverde. O tema do Congresso de Recife foi: “A Eucaristia e a vida cristã.” O III CEN foi realizado no parque Treze de Maio, localizado no bairro da Boa Vista, área central do Recife, e o evento deixou como marco a Igreja Santíssimo Coração Eucarístico de Jesus, conhecida como Matriz do Espinheiro, na zona norte do Recife. Participaram do Congresso cerca de 60 mil pessoas. Os rumores de guerra já batiam às portas da cidade e isso ficou mais evidente quando a embarcação britânica Amanzora, que trouxe à cidade os participantes do congresso, foi chamada as pressas para retornar à Inglaterra. E de fato, durante a própria abertura do congresso os alto-falantes comunicavam aos pernambucanos e a todos os peregrinos, a invasão da Polônia pela Alemanha.

 

Gado Indubrasil
Ano: 1942 – RHM C0171 – Data de Emissão: 01/04/1942
A raça Indubrasil surgiu no triângulo Mineiro nas primeiras décadas do século passado, como resultado, principalmente, do cruzamento entre as raças Gir e Guzerá, mas também com participação de outras raças importadas da Índia, como o Ongole, Hissar, Mewati e Sindi. Inicialmente chamada de Induberaba, Induaraxá, Indubahia, ela teve seu primeiro registro na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) em 1938, ficando conhecida pelo nome de Indubrasil que é mantido até hoje. O cupim acima do dorso lombar, as orelhas compridas em formato de lança e os chifres são características marcantes do indubrasil. A pelagem é branca, cinza ou vermelha, sempre sobre pele escura, bem pigmentada. O indubrasil é um animal dócil, rústico e tem dupla aptidão podendo ser utilizado para a produção de leite e de carne. O principal centro de criação é o Triângulo Mineiro, mas encontram-se criações em Goiás, Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, sendo que atualmente, seu habitat está restrito ao Nordeste brasileiro e à região de Minas Gerais.

 

Arremesso de Peso
Ano: 1959 – RHM C0439 – Data de Emissão: 04/10/1959
O primeiro registro de competições com arremessos de peso vem das Highlands na Escócia e datam aproximadamente do século I. Os jogadores arremessavam pedras. No século XVII, soldados ingleses também organizaram competições de lançamento de balas de canhão no seu tempo livre. O arremesso de peso foi integrado aos jogos olímpicos em 1896 em Atenas, porém as mulheres só começaram a competir em 1948. Os atletas que competem nessa prova devem arremessar uma bola de metal o mais longe possível, de modo que o vencedor é determinado pela maior distância alcançada do arremesso. A bola oficial masculina tem uma massa de 7,26 kg e é geralmente feita de bronze ou ferro fundido e chumbo, possuindo cerca de 12 cm de diâmetro. Na categoria feminina ela pesa 4 kg e o seu diâmetro é de 9 cm aproximadamente. O peso deve ser lançado com as pontas dos dedos e não com a palma da mão ou a mão toda. O recorde mundial masculino pertence ao norte-americano Randy Barnes com 23,12 m conquistado em 1990 e entre as mulheres a melhor marca é da soviética Natalya Lisovskaya com 22,63 m conquistada em 1987.

 

Malária
Ano: 1962 – RHM A104 – Data de Emissão: 24/05/1962
A malária sempre foi, desde a Antiguidade, um dos principais flagelos da humanidade. Também conhecida como paludismo, é uma doença infecciosa aguda ou crônica ocasionada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles. A malária é um problema de saúde pública em mais de 90 países, onde cerca de 40% da população mundial vive em áreas de risco, afetando 300 milhões de pessoas no mundo a cada ano. No Brasil, principalmente na região amazônica, são registrados 500 mil casos de malária por ano, mas apenas 0,1 % dos doentes morrem devido à doença. O contágio da malária é por meio da picada das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles. O período de incubação, intervalo entre a picada do mosquito e o aparecimento dos sintomas, varia de 12 a 30 dias. Os sintomas da malária são: calafrios fortes e temperatura alta, acompanhados de dor de cabeça, náusea e sudorese profunda. Estes sintomas se repetem em ciclos: todos os dias, em dias alternados ou a cada três dias e podem durar de uma semana a um mês ou mais. As recaídas podem acontecer a intervalos regulares, podendo persistir por até 50 anos. Para controle da doença existem as medidas preventivas, como a redução ou eliminação dos criadouros dos mosquitos através de obras de engenharia sanitária e o uso de inseticida, de repelentes e de medicamentos supressores da doença em zonas endêmicas

 

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é 115910589_643561799921304_7455195453033486059_n.jpgEmílio Luiz Malett – Barão de Itapevi
Ano: 1968 – RHM C0604 – Data de Emissão: 25/08/1968
Émile Louis Mallet (Emílio Luiz Mallet), nasceu em 10 de junho de 1801, em Dunquerque França. Com 17 anos, junto com a família, imigrou para o Brasil. Matriculou-se na Academia Real Militar optando-se pela formação no curso de Artilharia. Participa da Campanha da Cisplatina (1825-1828). Em 1831 foi demitido do serviço ativo por “não ser brasileiro nato”. Foi reintegrado em 20 de setembro 1851. Participa da guerra contra Oribe e Rosas (1851-1852), guerra contra Aguirre (1864) e a guerra da Triple Aliança contra o Paraguai (1865-1870). Dentre as várias batalhas de que participa da Guerra do Paraguai, destacam-se: Passo da Pátria, Estero Bellaco e Tuiuti. Nessa batalha assume o comando da 1ª Brigada de Artilharia e continua apoiando as ações da Tríplice Aliança, participando das batalhas de Humaitá, Piquissiri, Angustura, Lomas Valentinas, Ascurra e Campo Grande. Terminado o conflito, permanece no serviço ativo até 1885. O Título de Barão de Itapevi lhe foi concedido em dezembro de 1878. Mallet faleceu em 2 de janeiro de 1886 no Rio de Janeiro. Em 1932 é declarado Patrono da Artilharia Brasileira. Desde então, no dia 10 de junho, dia de seu aniversário, comemora-se o Dia da Artilharia.

 

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é 116016838_640743746869776_8643612359093578887_n-1.jpgDia das Mães
Ano: 1951 – RHM C0264 – Data de Emissão: 13/05/1951
A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. O Dia das Mães, enquanto data comemorativa surgiu na primeira década do século XX, sendo criado por Anna Jarvis, cujo intento era homenagear a sua mãe, Ann Maria Reeves Jarvis, conhecida por realizar trabalho social com outras mães, sobretudo no período da Guerra Civil Americana. Em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson estabeleceu que o Dia Nacional das Mães devesse ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data. Com a popularização da data comemorativa nos Estados Unidos, foi questão de tempo até que a tradição chegasse ao Brasil. De acordo com historiadores, a primeira celebração do tipo aconteceu no dia 12 de maio de 1918 e foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre do Rio Grande do Sul. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

 

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é índice-4.jpgHenrique Oswald
Ano: 1952 – RHM C0275 – Data de Emissão: 22/04/1952
Henrique Oswald nasceu no Rio de Janeiro, em 14 de abril de 1852, filho de pai alemão, mãe italiana. Em 1853 se transferiu para São Paulo onde a família estabeleceu um comércio de pianos. Com 16 anos partiu para a Europa, passando a residir na cidade de Florença onde ingressou no Instituto Moriani, estudando piano, contraponto, harmonia e composição. A partir de 1879 passou a receber uma bolsa de estudos, concedida pelo Imperador Pedro II. Em 1896 viajou para o Brasil, acompanhado do violoncelista Cinganelli, para uma série de concertos, inclusive com música de sua autoria. Daí em diante, passou a retornar ao Brasil regularmente para turnês. Em 1900 foi nomeado pelo presidente Campos Sales, chanceler do Brasil no Consulado do Havre, seguindo, posteriormente para o Consulado de Gênova. Em 1902 venceu, com a obra “Il Neige”, o concurso de composição do jornal Le Figaro. Oswald morou boa parte da vida na Europa. É considerado o maior dos autores românticos da música clássica brasileira. Compôs especialmente para piano e também vários gêneros da música clássica, concertos para orquestra, peças para violino e violoncelo, música de câmara, óperas, além de uma produção generosa de música sacra e canções para voz e piano. Faleceu no Rio de Janeiro em 9 de junho de 1931.

 

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é 109753464_635647764046041_5415024322366675727_n.jpgBarão de Capanema
Ano: 1952 – RHM C0279 – Data de Emissão: 11/05/1952
Guilherme Schüch, posteriormente Guilherme Capanema, primeiro e único Barão de Capanema, foi responsável pela instalação da primeira linha telegráfica do Brasil. Guilherme Schüch nasceu em Minas Gerais, na freguesia de Antonio Pereira, município de Mariana, no dia 17 de janeiro de 1824. Em 1838 o jovem Guilherme parte para a Europa, aos cuidados do Visconde de Barbacena, para estudar engenharia, e concluiu o curso na Escola Politécnica de Viena. De volta ao Brasil foi responsável pela fundação, em 11 de maio de 1852, do Telégrafo Nacional, do qual foi o primeiro e eterno diretor. A repartição funcionou, no Campo de Santana, atual Praça da República, no local que abriga hoje o quartel do Corpo de Bombeiros.
Em 1855 teve início a construção de uma linha do Rio para Petrópolis, a qual começou a ser operada em agosto de 1858. Em 1889, com a Proclamação da República, e depois de incontestáveis serviços prestados à comunicação no Brasil, Guilherme Schuch, Barão de Capanema desde 1881, se aposentou da direção do Telégrafo Nacional. Em 1903 foi nomeado diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Em 1877, o botânico João Barbosa Rodrigues homenageou Guilherme Schüchde Capanema, seu amigo, dando o nome de Capanemia a um novo gênero de orquídeas descrito em seu livro “Genera Et Species Orchidearum Novarum”.
Gustavo Capanema morreu no Rio de Janeiro no dia 26 de agosto de 1908.

 

Grover Cleveland
Ano: 1939 – RHM C0141 – Data de Emissão: 7/10/1939
Stephen Grover Cleveland nasceu em 18 de março de 1837, em Caldwell, Nova Jersey. Advogado e político americano, vigésimo segundo e vigésimo quarto presidente dos Estados Unidos da América (1885-1889; 1893-1897); ele foi o primeiro e único presidente a ocupar o cargo duas vezes sem ser reeleito, em dois momentos diferentes, com o intervalo da presidência do republicano Benjamin Harrison (1889-1893), também foi o primeiro presidente a se casar na Casa Branca. Durante o primeiro mandato Cleveland defendeu uma política que vetava favores especiais a qualquer grupo socioeconômico. Após vetar um projeto que destinava US$ 10 mil para distribuição de sementes de grãos entre fazendeiros no Texas que enfrentavam uma seca, o presidente escreveu: “Ajuda federal nestes casos encoraja a expectativa de cuidado paternal por parte do governo e enfraquece a firmeza do nosso caráter nacional…” O segundo mandato de Cleveland, de 1893 a 1897, foi mais complicado e o viu lidando com a greve de Pullman e outros afloramentos da depressão mais grave que o país havia visto até então. Cleveland morreu em 24 de junho de 1908, aos 71 anos. Certa vez ele disse: “Um dia serei melhor lembrado”, mas ele é um dos presidentes dos Estados Unidos da América menos conhecidos.

 

Gavião-real
Ano: 1968 – RHM C0598 – Data de Emissão: 30/05/1968
O gavião-real (Harpia harpyja) é a maior ave de rapina do Brasil e do mundo. O gavião real vive em montanhas, nas margens de rios e lagos e até mesmo à beira-mar. No Brasil, essa espécie é encontrada na Amazônia, nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, além de algumas florestas da Mata Atlântica. Seus hábitos são diurnos e o comportamento sedentário. Ele só é visto em casal quando está no período de reprodução; no restante do tempo, é uma ave solitária. Alimenta-se desde moluscos, crustáceos e peixes até serpentes, lagartos, alguns pássaros e alguns mamíferos, como a preguiça (seu alimento favorito) que captura no solo. O gavião-real pode atingir 1,15 m de comprimento e 2,5 m de envergadura. Seu peso varia de 4,5 a 10 quilos. Possui uma plumagem densa nas costas e macia no lado ventral. As pernas são curtas, e os pés e garras suficientemente fortes para permitir a ave carregar mamíferos pesados. A cor predominante é o cinza e o seu grande topete é responsável pela denominação de gavião-real. A ave adulta apresenta um colar preto de penas no pescoço. Essa espécie não possui inimigos naturais. No entanto, o ser humano é o grande responsável pelo declínio de algumas populações dessa ave, considerando a captura e a caça ilegal, e a destruição de habitats. É a ave símbolo do Museu Nacional do Rio de Janeiro/RJ.

 

XXXVI Congresso Eucarístico Internacional
Ano: 1955 – RHM C0365 – Data de Emissão: 17/07/1955
Entre os dias 17 e 24 de julho de 1955 realizou-se no Rio de Janeiro/RJ o XXXVI Congresso Eucarístico Internacional, que é um encontro de pessoas da Igreja Católica de diversos países do mundo, para adorar a pessoa de Jesus Cristo na Eucaristia. É o único Congresso Eucarístico Internacional ocorrido no Brasil até hoje. O Altar-Monumento do Congresso foi construído em uma área de aproximadamente 1.700 m2, formada pelo aterro do desmonte do morro de Santo Antônio, no Largo da Carioca. Adornando as paredes laterais do Altar, foram colocados painéis de Portinari, representando a primeira missa rezada no Brasil. Na frente do altar foi erigida uma grande cruz em pau-brasil. Atrás do Altar, na parte externa, foi erguido um mastro de grande dimensão, com uma vela simbólica, inflada, evocando os primeiros navegantes que aportaram à terra de Santa Cruz. A vela apresentava as cores amarelo e branco representando as cores da bandeira do Vaticano, tendo ao centro o brasão do Estado papal. No Altar também estava uma imagem de Nossa Senhora Aparecida que veio do Santuário de Aparecida do Norte de trem. A área do evento tinha uma capacidade prevista para 1 milhão e 200 mil pessoas. Terminado o evento a área foi o ponto de partida para a construção do Aterro do Flamengo que só ficou pronto em 1965.

 

Nicolau Copérnico
Ano: 1973 – RHM B034 – Data de Emissão: 15/08/1973
Nicolau Copérnico nasceu em Tourun, na Posnâmia (região polonesa as margens do Vístula) na fronteira com a Alemanha, em 19 de fevereiro de 1453. Seu nome de batismo era MIkolaj Kopernik. Aos 18 anos ingressou na Universidade de Cracóvia, onde estudou astronomia e matemática. Em 1497, com 24 anos, foi para Itália estudar direito canônico na Universidade de Bolonha. Em 1501, voltou à Polônia para aceitar o cargo de cônego da catedral de Frauenburg, mas pouco tempo depois voltou para a Itália onde aprendeu medicina, direito, astronomia e matemática. Voltou definitivamente à Polônia em 1506, estabelecendo-se em Frauenburg e em 1512 realiza suas primeiras observações feitas por instrumentos que ele próprio construiu. A partir dos estudos e cálculos matemáticos, Copérnico teve a percepção e sustentou a ideia que compreendia que o planeta Terra, assim como os demais do sistema solar, gira em torno do sol. Essa tese foi batizada de heliocentrismo. Foi a partir das deduções desse estudioso que, também, se concluiu que a Terra dá voltas ao redor do próprio eixo, desbaratando a teoria do grego Ptolomeu, que até então era considerada a correta e defendia que o Planeta representava o centro do Universo. O astrônomo também explicou a existência das estações do ano e a duração dos dias e das noites. Ele morreu em Frauenberg, Polônia, no dia 24 de maio de 1543. As teorias de Copérnico só foram aceitas pela Igreja mais de um século depois da sua morte.

 

Ubaldino do Amaral
Ano: 1943 – RHM C0183 – Data de Emissão: 27/08/1943
Ubaldino do Amaral Fontoura nasceu na Lapa, Paraná, no dia 27 de agosto de 1842. Em 1867, obteve a graduação em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo e posteriormente passou a residir em Sorocaba, cidade em que chefiou a campanha para o lançamento da Estrada de Ferro Sorocabana. Em 1874 transferiu-se para o Rio de Janeiro, então capital do Império, dando continuidade à carreira de advogado. Entre janeiro de 1891 e dezembro de 1894, foi eleito por dois mandatos senador pelo Paraná. Em 25 de novembro de 1897 foi nomeado pelo então presidente da República Prudente de Morais (1894-1898) prefeito do Distrito Federal. Ao longo de sua trajetória profissional exerceu também atividades diplomáticas, atuando como árbitro brasileiro nos tribunais mistos brasileiro-boliviano e brasileiro-peruano e como embaixador da Comissão Permanente de Arbitramento do Tribunal de Haia. Presidente da Sociedade de Legislação Comparada, defendeu o Paraná nas discussões
referentes aos limites geográficos com Santa Catarina. Foi professor de diversas instituições de ensino, entre as quais a Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro. Faleceu no Distrito Federal em 22 de janeiro de 1920.

 

Santuário Nossa Senhora da Penha em Vila Velha/ES
Ano: 1970 – RHM C0668 – Data de Emissão: 06/04/1970
Frei Pedro Palácios, irmão franciscano leigo, nascido em Medina do Rio Seco, Espanha, aportou em Vila Velha em 1558 iniciando a construção de uma ermida dedicada a Nossa Senhora, no alto do morro da Penha. Ele trouxe consigo um painel de Nossa Senhora dos Prazeres e encomendou a imagem de Nossa Senhora da Penha, que veio de Portugal, ambos ainda existentes no convento. Aquela capela foi o embrião do atual convento, sendo ampliada e reformada até se tornar o monumento hoje existente. O Convento da Penha fica no alto de um morro de 154 m acima do nível do mar, no bairro da Prainha, cercado pelo verde exuberante da Mata Atlântica. O conjunto do Convento da Penha foi tombado como patrimônio histórico cultural em 1943. Realizada todos os anos, oito dias após o domingo de Páscoa, a Festa da Penha reúne milhares de fiéis e turistas que vão ao Convento da Penha e ao Sítio Histórico da Prainha para assistir as missas celebradas no Campinho e participar das romarias de – homens, mulheres, motociclistas, cavaleiros – e dos shows. O evento é considerado como a maior festa religiosa do Espírito Santo e a terceira maior do país em números de fiéis.

 

O pintor e desenhista Alberto van der Eckhout nasceu possivelmente em 1610, na cidade de Groningen, Holanda. Em 1636 veio para Pernambuco, a chamada Nova Holanda na época, na comitiva do governador-general Johan Maurits, conde de Nassau-Siegen, conhecido em nossa história como Maurício de Nassau. O plano era retratar o Brasil Holandês para os investidores europeus saberem a importância das terras ocupadas. Eckhout permaneceu na companhia de Nassau durante os oito anos da sua presença no Brasil. Produziu nesse período, cerca de 400 desenhos e esboços, resultantes da observação direta de espécimes vivos, tanto nas suas viagens pelo Brasil, como no jardim botânico criado por Nassau no Palácio de Friburgo, construído no Recife, Pernambuco. Eckhout tornou-se conhecido principalmente pelo conjunto de suas telas a óleo sobre motivos brasileiros. Retratou habitantes negros, índios e mestiços do Brasil no século XVII e naturezas-mortas com frutas e vegetais tropicais ou cultivadas em solo brasileiros. A “Dança dos Tapuias” (168 x 294 cm) é a mais famosa obra de Eckhout, que retrata um ritual dos índios Tarairius (Tapuias), naturais do Rio Grande do Norte. Mostra oito índios dançando, observados por duas índias. Albert Eckhout faleceu por volta de fins de 1665 ou início de 1666 em Groningen, Holanda.

 

Polo Equestre
Ano: 1959 – RHM C0433 – Data de Emissão: 13/06/1959
O polo, também chamado de polo equestre, é considerado o mais antigo esporte do hipismo. Acredita-se que tenha surgido na região da atual China, séculos antes de Cristo. O polo como conhecemos hoje, com suas regras e determinações, se deve aos ingleses, que à época da colonização da Índia esboçaram as primeiras regulamentações do jogo. Esporte dinâmico que exige concentração, habilidade e entendimento entre cavaleiro e cavalo. Ele possui poucos praticantes, é elegante e sofisticado, mas principalmente muito caro e somente milionários e pessoas da realeza têm maior participação com o polo. O polo é jogado a galope e é um dos jogos mais rápidos do mundo. O objetivo é fazer mais gols que seu oponente, acertando uma bola de 8 cm de diâmetro com um taco de 3 m de comprimento. O gol tem uma largura de 7,3 m. O campo mede 275 m x 180 m. O polo chegou a fazer parte das Olimpíadas, entre as edições de 1900 e 1936, mas saiu do Programa Olímpico, devido aos custos do transporte e cuidados necessários à utilização de muitos animais. Nesse período a Argentina foi a grande vencedora, com 2 medalhas de ouro em 1924 e 1936. Trazido por imigrantes britânicos na década de 20 para a América do Sul, o polo se adaptou facilmente no Brasil devido a tradição de criação de cavalos e a vasta paisagem. Os primeiros Clubes de Polo do Brasil, segundo registros, são o Gávea Polo e o Golf Club fundados pelos ingleses.

 

Antônio Prudente de Morais
Ano: 1983 – RHM C1314 – Data de Emissão: 20/04/1983
Antônio Prudente de Meireles de Morais é natural de Piracicaba, interior de São Paulo. Nasceu em 8 de julho de 1906, membro de tradicional família paulista e neto do primeiro presidente civil de nosso país (Prudente de Morais). Formado pela Faculdade de Medicina de São Paulo em 1928, embarcou para a Europa para aperfeiçoar-se em reconstituições para corrigir defeitos provocados pelos tumores. Ao voltar da Alemanha, em 1931, Prudente tornou-se assistente de técnica cirúrgica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, depois assumiu a cadeira de Prof. Catedrático de Cirurgia Reparadora e Plástica da Escola Paulista de Medicina (Universidade Federal Paulista) e por fim nomeado Diretor do Departamento de Cirurgia. Sua trajetória contra o câncer começou a tomar forma em 1933, quando uma série de cinco artigos de sua autoria foi publicada no jornal O Estado de São Paulo. Em 1934 fundou a “Associação Paulista de Combate ao Câncer” (APCC) e, para a presidência indicou o Professor Antônio Cândido de Camargo, de quem foi discípulo. O esforço do Prof. Prudente culminou com a inauguração do Instituto Central – Hospital Antônio Cândido Camargo (AC Camargo), em 23 de março de 1953. Publicou cerca de 200 trabalhos em revistas médicas nacionais e estrangeiras, escreveu 8 livros e ministrou conferências em inúmeros países. Faleceu em 17 de setembro de 1965, na cidade do Rio de Janeiro.

 

Clubes 4S
Ano: 1967 – RHM C0573 – Data de Emissão: 14/07/1967
Os Clubes 4-S, em nível nacional, surgiu a partir da inspiração do modelo norte-americano (Clubes 4H, implantados nos anos de 1920 e 1930) na comunidade de Igrejinha, no município de Rio Pomba/MG, em 15 de julho 1952. Os Clubes 4-S e sua filosofia, depois de Minas Gerais, se expandiram para vários estados brasileiros, sendo implantados nos estados do Espirito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em seguida também foram criados Clubes no estado de Pernambuco, Bahia, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Estes clubes congregavam, com algumas variações em termos de idade, de jovens entre 10 a 21 anos, filhos de pequenos e médios proprietários rurais, que encontravam no clube um local para reunião e diversão, além de receber uma educação modernizante com acesso a pequenos créditos como a finalidade de, junto aos técnicos, fazerem experiências nas propriedades dos pais. O significado para a sigla 4S é: Saber, Sentir, Servir e Saúde, palavras às quais adquirem sentidos a partir do juramento feito pelos quatroessistas: “Minha cabeça para Saber claramente – Meu coração para Sentir maior lealdade – Minhas mãos para Servir mais e melhor – Minha saúde para uma vida mais sã – Com o meu 4S, meu lar, minha comunidade e minha pátria”. Em todos os Estados brasileiros, o trevo de quatro folhas foi adotado como símbolo oficial. Em 1960, a Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural – ABCAR determinou que o dia 15 de julho fosse o dia nacional de Clubes 4-S, como forma de homenagear o primeiro Clube 4S do Brasil.

 

Afonso Pena
Ano: 1906 – RHM O01 – Data de Emissão: 05/11/1906
Afonso Augusto Moreira Pena nasceu em Santa Bárbara, em Minas Gerais, no dia 30 de novembro de 1847. Estudou no Colégio Caraça dos Padres Lazaristas e depois foi Bacharel pela Faculdade de Direito de São Paulo no ano de 1870. Em sua turma formaram-se nomes renomados como Castro Alves, Ruy Barbosa e Rodrigues Alves. Durante o Império, ocupou os cargos de ministro da Guerra (1882), ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (1883-1884) e ministro da Justiça (1885). No período republicano, governou o Estado de Minas Gerais de 1892 a 1894. Tornou-se vice-presidente da República do governo Rodrigues Alves em substituição a Francisco Silviano de Almeida Brandão, que morreu antes de ser empossado. Por meio de eleição direta, passou a exercer a presidência da República em 15 de novembro de 1906. Foi o 6.º presidente do Brasil em uma época de grande prosperidade com a política de valorização do café. O governo de Afonso Pena investiu na construção de ferrovias e na modernização dos portos. Também disponibilizou os recursos necessários, em 1907, para que Cândido Rondon realizasse a ligação do Rio de Janeiro à Amazônia pelo fio telegráfico. Morreu no Rio de Janeiro, em 14 de junho de 1909, aos 61 anos, sem concluir seu mandato presidencial. O vice, Nilo Peçanha, assumiu o cargo de presidente. Curiosidade: Ganhou, carinhosamente, o apelido de “Tico-Tico”: era pequenino, mas muito ágil e inquieto.

 

Ariranha
Ano: 1975 – RHM C0893 – Data de Emissão: 17/06/1975
A ariranha (Pteronura brasiliensis), também conhecida como lontra-gigante, é um mamífero carnívoro, da mesma família da lontra, só que maior. Vive nas regiões da bacia Amazônica, no rio São Francisco, na alta bacia dos rios Paraguai e Paraná, e também no Pantanal, à beira de rios e lagoas. Enquanto um macho pode pesar até 45 kg e medir 1,80 metros de comprimento, a fêmea não ultrapassa os 30 kg e os 1,70 metros. Têm olhos grandes, orelhas pequenas e focinho com bigodes. O corpo é cheio de pelo aveludado de cor marrom. Algumas têm manchas brancas abaixo do pescoço. Sua cauda é longa e achatada. Seu alimento básico são os peixes, mas também podem comer crustáceos, moluscos ou outros vertebrados, como cobras e filhotes de jacarés. Vivem em grupos familiares liderados por um casal reprodutor. Os filhotes costumam permanecer no grupo mesmo após atingir a idade adulta, colaborando na criação dos irmãos ao atuarem como babás. As ariranhas são territoriais e utilizam fezes e urina para demarcar sua área, mantendo o grupo também unido por um complexo conjunto de vocalizações. No passado, a ariranha foi intensamente caçada, devido ao alto valor de comercialização de sua pele, utilizada na alta costura internacional. A poluição dos rios e a caça, por causa de sua pele, colocam a ariranha na lista das espécies ameaçadas de extinção.

 

Dom João III
Ano: 1932 – RHM C0044 – Data de Emissão: 03/06/1932
Dom João III nasceu em Lisboa, Portugal, em 6 de junho de 1502. Foi o décimo quinto rei de Portugal e, por ser muito religioso, tinha por alcunha “O Piedoso” ou ”O Pio”. Por morte de seu pai, em 1521, ascendeu ao trono com apenas dezenove anos de idade. Casou em 1525 com a infanta D. Catarina de Áustria. O seu reinado durou 36 anos e caracterizou-se por uma intensa atividade em nível de política interna, ultramarina e relações diplomáticas com os estados Europeus da época. Para fazer face à pirataria, iniciou a colonização efetiva do Brasil, que dividiu em capitanias hereditárias, estabelecendo o governo central. Apoia também o envio de missionários religiosos pelos vários continentes, processo em que sobressaem São Francisco Xavier no Oriente e o padre Manuel da Nóbrega no Brasil. D. João III faleceu em Lisboa, a 11 de junho de 1557, tendo sido sepultado no Mosteiro dos Jerónimos. Um dos grandes problemas do reinado de D. João III tem a ver com a sucessão dinástica. Teve nove filhos, mas por ocasião de sua morte só tinha como herdeiro vivo, seu neto, D. Sebastião, de três anos de idade, que assumiria o trono onze anos mais tarde.

 

Orlando da Fonseca Rangel
Ano: 1968 – RHM C0589 – Data de Emissão: 29/02/1968
Orlando da Fonseca Rangel nasceu em 29 de fevereiro de 1868, na então Freguesia de N. S. da Conceição de Cordeiros, hoje município de São Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro. Diplomou-se em Farmácia pela antiga Escola de Farmácia anexa à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1888. Em 1892, fundou a Farmácia e o Laboratório Industrial Farmacêutico Orlando Rangel. Foi o primeiro, no Brasil, a fabricar produtos injetáveis, de acordo com a técnica europeia e os ensinamentos de Oswaldo Cruz que, pessoalmente, assistiu à manipulação das primeiras ampolas; especialidades farmacêuticas à base de plantas medicinais, entre as quais a noz de cola, a cáscara sagrada e o boldo; sabonetes medicinais; produtos de toucador como pó de arroz, loções, brilhantinas e sabonetes perfumados. Pertenceu a muitas associações profissionais e científicas do Brasil e do estrangeiro e publicou mais de uma centena de trabalhos científicos. A sua obra mais famosa foi “Contribuição ao estudo do determinismo terapêutico”. Orlando Rangel faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 20 de dezembro de 1934.

 

Brasil – Campeão Mundial de Basquete
Ano: 1959 – RHM A087 – Data de Emissão: 30/05/1959
Em 31 de janeiro de 1959, o Brasil se sagrava Campeão Mundial de Basquete masculino, no Chile. O 3º Campeonato Mundial de Basquetebol Masculino foi realizado no período de 16 a 31 de janeiro de 1959, com jogos nas cidades Concepción, Temuco, Antofagasta e Santiago. O Campeonato foi disputado por 12 seleções divididas em 3 grupos, mais a seleção do Chile que avançou automaticamente para a fase final por ser a sede. A equipe brasileira foi dirigida por Togo Renan Soares, o inesquecível Kanela, e era composta por Algodão, Wlamir, Amaury, Rosa Branca, Jatyr, Edson Bispo, Otto, Pecente, Waldir Boccardo, Waldemar, Fernando Brobró e Zezinho. O Brasil venceu o Canadá por 69 x 52, depois perdeu para a União Soviética por 64 x 73, e venceu em sequência a México (78 x 50), China (94 x 76) e Bulgária (62 x 53), sofreu nova derrota para a URSS, desta vez por 63 x 66, venceu Porto Rico por 99 x 71, conseguiu uma boa vitória por 81 x 67 sobre os Estados Unidos (que estavam representados por uma equipe de soldados da Aeronáutica) e outra sobre o Chile, por 73 x 49. O Brasil teria ficado com o vice-campeonato, mas a União Soviética se negou a entrar em quadra para enfrentar Formosa (Taiwan) e acabou eliminada pela FIBA, com o Brasil herdando o troféu.
Uma curiosidade: o atleta que aparece no selo emitido em 30 de maio de 1959, emitido para comemorar o título da Seleção Brasileira de Basquete, é o jogador Zenny de Azevedo, mais conhecido como Algodão (1925-2001)

 

Raul Paranhos Pederneiras
Ano: 1974 – RHM C0855 – Data de Emissão: 15/08/1974
Raul Paranhos Pederneiras foi uma figura célebre da belle époque carioca. Nascido no Rio de Janeiro, em 15 de agosto de 1874, Raul estudou no Colégio Pedro II e formou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1896. Em sua trajetória profissional, além de reconhecido caricaturista, foi professor da própria Faculdade de Direito e da Escola Nacional de Belas Artes. Dentre as várias associações das quais fez parte, Raul foi membro da Academia Carioca de Letras, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), fundador da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT) e um dos fundadores do Grêmio Carioca, instituição que agia politicamente na promoção e defesa da memória da cidade do Rio de Janeiro. Raul Pederneiras destacou-se no jornalismo da primeira metade do século XX, formando uma trinca de gênios do humor gráfico com seus amigos K. Lixto Cordeiro e J. Carlos. Pederneiras também dava vazão a suas habilidades em outros campos da arte, como a pintura, a escultura, a música, o teatro etc. Era um intelectual de fina formação, mas tinha também alma boêmia — por genuíno gosto pela noite e como fonte de inspiração essencial para as observações da rotina do Rio, que publicava nas suas “Cenas da vida carioca”, um olhar crítico e bem-humorado sobre a cidade e sua população. Até hoje seu trabalho é reverenciado, pelo pioneirismo e pelo traço incomparável, como um dos mais influentes e elegantes da história do humor gráfico do Brasil. Raul morreu no dia 11 de maio de 1953.

 

Lançamento do Martelo
Ano: 1963 – RHM C0496 – Data de Emissão: 13/09/1963
O lançamento do martelo é uma das mais antigas provas olímpicas da modalidade de Atletismo. O objetivo é lançar o engenho, neste caso o martelo, o mais longe possível dentro de um espaço perfeitamente definido. Quando surgiu, há 2 mil anos, o atleta arremessava uma bola de pedra fixada a um cabo de madeira que, com o tempo, foram substituídos por uma bola de ferro e arame flexível. Assim, para praticar esse esporte são necessários não apenas o martelo, mas também o suporte para apoio de mão, o cabo, as luvas ainda os calçados, pois o uso dos materiais adequados reduz os riscos de lesões. As provas de lançamento do martelo masculinas foram incluídas nos Jogos Olímpicos de Paris, em 1900, com a presença de cinco atletas, e as provas femininas iniciaram-se apenas em 2000, nos Jogos Olímpicos de Sydney. Nesta modalidade o atleta deve dar três giros com o martelo sobre a cabeça para ganhar impulso e depois mais três giros em alta velocidade em torno do eixo do seu corpo antes de efetuar o lançamento. O martelo, uma esfera de metal – geralmente aço inoxidável ou bronze, tem massa de 7,26 kg para homens e para mulheres pesa 4 kg. O conjunto bola, arame e alça formam uma unidade de comprimento máximo de 1,2 m. O recorde mundial masculino – 86,74 m – pertence ao soviético Yuriy Sedykh desde 1986 e o feminino à polonesa Anita Wlodarczyk – 82,98 m – conseguido em Varsóvia em 2016.

 

Henrique Dias
Ano: 1962 – RHM C0472 – Data de Emissão: 18/06/1962
Henrique Dias nasceu em princípios do século XVII, em Pernambuco, mas não se conhece a data do seu nascimento. Também não se sabe se nasceu escravo ou liberto. Grande patriota apresentou-se voluntário para lutar contra os holandeses em Pernambuco, tendo recrutado para a rebelião, um grande efetivo de negros oriundos dos engenhos tomados pelos invasores. Participou de inúmeros combates, com inexcedível bravura, tendo decidido a vitória em Porto Calvo, quando teve a mão esquerda estraçalhada por um tiro de arcabuz. Nas batalhas dos Guararapes, em 1648 e 1649, foi o comandante de um dos Terços do “Exército Patriota”, composto por negros, pelo que recebeu o título de “Governador dos crioulos, pretos e mulatos do Brasil”. A colaboração de Henrique Dias ao governo escravista branco português possivelmente deveu-se à sua devoção pelo Catolicismo e seu desejo de impedir a entrada do Protestantismo holandês no Brasil. Passou seus últimos anos em Pernambuco, morrendo em extrema pobreza no dia 7 ou 8 de junho de 1662, no Recife. Henrique Dias é o primeiro negro que escreveu um texto no Brasil e, por conseguinte, “o primeiro afro-brasileiro letrado”. Mas isso não lhe tira o pioneirismo que, talvez, se estenda ao fato de ele ser o único negro a aparecer em uma das edições do primeiro Manual de História do Brasil, escrito por Abreu Lima, em 1843. Não há um retrato seu autêntico, conhecido. Os que aparecem nos compêndios e até em livros eruditos são pura fantasia.

 

Hotel Quitandinha
Ano: 1948 – RHM A065 – Data de Emissão: 10/07/1948
O Palácio Quitandinha, em Petrópolis/RJ, foi idealizado pelo empresário mineiro Joaquim Rolla para ser um dos maiores cassinos-hotel da América do Sul. Começou a ser construído em 1941 e foi inaugurado em 12 de fevereiro de 1944. O palácio possui 440 apartamentos, 13 salões com até 10 metros de altura e uma cúpula do Salão Mauá medindo 30 metros de altura e 50 metros de diâmetro, sendo a segunda maior do mundo, comparada à redoma da Catedral de São Pedro, em Roma. O palácio apresentava inovações para a época, como a mesa telefônica com 800 ramais, a segunda maior central telefônica do Brasil; uma central elétrica que serviria para uma cidade com 20 mil habitantes e muitas outras novidades que surpreenderam, como uma piscina térmica e uma praia artificial com a areia vinda da praia de Copacabana junto ao grande lago em frente a sua fachada com o formato do mapa do Brasil. Apenas dois anos após sua inauguração, em maio de 1946, o então presidente Eurico Gaspar Dutra decretara a proibição do jogo no Brasil, forçando o estabelecimento a sustentar suas enormes despesas de manutenção apenas com o hotel. Ainda assim, o agora Hotel Quitandinha recebeu grandes eventos, como conferencias, exposições e shows. Lá se hospedaram Carmen Miranda, Walt Disney, Greta Garbo, Orson Welles, e foi no Quitandinha que Martha Rocha saiu vencedora da primeira edição do concurso de Miss Brasil. Hoje, após ser adquirido pelo SESC-Rio, parte do complexo funciona como espaço cultural.

 

Graciliano Ramos
Ano: 1992 – RHM C1821 – Data de Emissão: 29/10/1992
Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, sertão de Alagoas. Em 1914, foi para o Rio de Janeiro para trabalhar como revisor nos jornais Correio da Manhã, A Tarde e em O Século. Em 1915 muda para cidade Palmeira dos Índios, onde abriu uma loja de miudezas. Passou a fazer jornalismo e entrou para a política, elegendo-se prefeito em 1927. Em 1930 mudou-se para Maceió, onde dirigiu a Imprensa e a Instrução do Estado. Em 1936 ele foi preso pelo governo Vargas ao se manifestar a favor do comunismo, o que o deixou em cárcere por longos 11 meses. Em 1937, é solto e vai morar no Rio de Janeiro, onde escreve para jornais. Em 1938, publica “Vidas Secas”, sua obra prima. Nele, Graciliano retrata a vida de uma família de retirantes com sua cachorra e papagaio. Nesse romance, o escritor traça a figura do sertanejo, explorando temas como a miséria e a seca do nordeste. Graciliano Ramos faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de março de 1953. Nesse mesmo ano é publicado “Memórias do Cárcere”, obra em que relata a fase dolorosa de sua vida, onde denuncia o atraso cultural e as injustiças do Estado Novo. Tendo escrito mais de vinte livros entre obras editadas e póstumas, além de duas traduções de romances estrangeiros, Graciliano Ramos é considerado um dos mais importantes romancistas brasileiros.

 

Pequi
Ano: 1985 – RHM C1441 – Data de Emissão: 08/03/1985
O pequi é uma fruta nativa do cerrado brasileiro. É também conhecido como: piqui, pequiá, piquiá, piquiá-bravo, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, pequiá-pedra, pequerim e suari. Seu significado na língua indígena é “casca espinhosa”. O pequizeiro – espécie que possui o pequi como fruto – recebe o nome científico de Caryocar brasiliense e é uma espécie arbórea que pode atingir até 10 metros de altura e viver cerca de 50 anos. Suas folhas são recobertas de pelos e são formadas por três folíolos. Suas lindas flores são amareladas e grandes. O pequi tem uma casca verde-cinzenta, com uma polpa da cor amarela ou alaranjada. De sabor forte e perfume penetrante, a polpa é muito apreciada pelos habitantes das regiões do cerrado e faz parte de muitos pratos da culinária regional como o arroz com pequi e a galinhada. Rico em nutrientes, o pequi também é aproveitado em conservas, licores e doces. O pequi tem de 1 a 2 sementes, raramente até 4, com espinhos de até 4 milímetros de comprimento. Por isso, é preciso tomar cuidado quando come-se a fruta para não se machucar a boca com os espinhos. O óleo das sementes é usado na fabricação de cosméticos. O pequi serve também de alimento para os animais silvestres do cerrado.

 

João Caetano dos Santos
Ano: 1951 – RHM C0265 – Data de Emissão: 09/07/1951
João Caetano dos Santos nasceu aos 27 de janeiro de 1808 em São João de Itaboraí, atualmente Itaboraí/RJ. Começou a carreira como amador, até que em 24 de abril de 1831 estreou como profissional na peça “O Carpinteiro da Livônia”, mais tarde representada como “Pedro, o Grande”. Apenas dois anos depois, em 1833, João Caetano já ocupava o teatro de Niterói junto com um elenco de atores brasileiros. Assim iniciava a Companhia Nacional João Caetano. Ele foi, sem dúvida, o primeiro ator brasileiro a igualar-se, em importância, às companhias teatrais lusitanas que tomaram os palcos brasileiros com a chegada da família real portuguesa em 1808. Ultrapassou-as em fama e prestígio. Representou com sua companhia teatral grandes autores trágicos, cômicos, melodramas e dramas burgueses. Além de atuar em muitas peças, tanto no Rio como nas províncias, João Caetano publicou dois livros sobre a arte de representar: “Reflexões Dramáticas”, de 1837, e “Lições Dramáticas”, de 1862. João Caetano faleceu no dia 24 de agosto de 1863, no Rio de Janeiro. Após sua morte, o Teatro Municipal de Niterói passou por sucessivas reformas e, em 1900, a Câmara Municipal o rebatizou Teatro Municipal João Caetano.

 

Manuel Bastos Tigre
Ano: 1982 – RHM C1288 – Data de Emissão: 29/10/1982
Manuel Bastos Tigre nasceu em Recife no dia 12 de março de 1882. Foi homem de múltiplos talentos, pois foi jornalista, poeta, compositor, teatrólogo, humorista, publicitário, além de engenheiro e bibliotecário. E em todas as áreas obteve sucesso, especialmente como publicitário. É dele, por exemplo, o slogan da Bayer que correu o mundo, garantindo a qualidade dos produtos daquela empresa: “Se é Bayer é bom”. Formou-se engenheiro civil, em 1906 na Escola Nacional de Engenharia, no Rio de Janeiro. Mais tarde especializou-se em eletricidade nos Estados Unidos. Regressando, trabalhou como engenheiro do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil. Sua vida de jornalista iniciou-se em 1902, quando colaborou na revista humorística “Tagarela”. Prestou depois seus serviços nos principais órgãos da imprensa carioca como: “A Noite”, “Gazeta de Notícias”, “A Rua”, “Careta”, “O Malho”, etc. . Foi fundador da revista “D. Xiquote”. Em 1915 passou a exercer a função de Bibliotecário do Museu Nacional. Mais tarde, transferiu-se para a Biblioteca Central da Universidade do Brasil, onde serviu por mais de 20 anos. Bastos Tibre é considerado o primeiro bibliotecário por concurso, no Brasil. No dia 12 de março é comemorado o Dia do Bibliotecário, que foi instituído em sua homenagem Ele faleceu em 2 de agosto de 1957 no Rio de Janeiro.

 

Copa do Mundo de Futebol de 1950
Ano: 1950 – RHM C0253 – Data de Emissão: 24/06/1950
Após a Copa de 1938, a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) causou uma interrupção nos Mundiais de futebol. Coube ao Brasil organizar e receber o torneio em 1950. As autoridades brasileiras resolveram construir, no Rio de Janeiro, o maior estádio do mundo: o Maracanã, com capacidade para cerca de 200 mil torcedores. As outras cidades que sediaram jogos da copa foram Belo Horizonte (Estádio Independência), Curitiba (Vila Capanema), Porto Alegre (Eucaliptos), Recife (Ilha do Retiro) e São Paulo (Pacaembu). Pela primeira vez, o troféu da competição passaria a ter o nome do presidente da Fifa, Jules Rimet, um dos principais responsáveis pela existência dos Mundiais. Também pela primeira vez, as seleções usariam números nas camisas dos jogadores. Trinta e três países se inscreveram para as eliminatórias. A Argentina, alegando divergências com a direção do futebol brasileiro, resolveu ficar de fora. A Fifa decidiu que as 13 seleções classificadas para a fase final seriam divididas em quatro grupos. Na final contra o Brasil, o Uruguai só tinha uma opção: vencer. A seleção brasileira jogava com a vantagem do empate. Mais de 200 mil pessoas se espremeram no Maracanã para comemorar mais do que propriamente torcer. O Brasil abriu o placar, com Friaça, a um minuto do segundo tempo, só aumentando a euforia. Mas tudo começou a mudar com o empate de Schiaffino, aos 21. E depois o gol da vitória de Ghiggia, aos 34, deu início ao “Maracanaço”, num dos maiores silêncios ensurdecedores da história do futebol. E o Brasil chora até hoje essa derrota.

 

Chafariz da Pirâmide
Ano: 1979 – RHM C1113 – Data de Emissão: 15/09/1979
Em substituição ao primeiro chafariz instalado em 1747 no centro do Largo do Paço (hoje, Praça XV), foi construído, em 1789, um novo chafariz, o Chafariz da Pirâmide, na beira do novo cais, por Mestre Valentim. Construído a pedido do Vice-Rei D. Luiz de Vasconcelos e Souza, ou Marquês do Lavradio, o chafariz tinha a função de abastecer de água a população e também as embarcações que ancoravam perto do cais da Praça XV. Na obra nova, foram aproveitados a cantaria e os mármores da primitiva construção. O Chafariz da Pirâmide é composto, basicamente, pela superposição de dois sólidos geométricos. Um de forma prismática, equivalente ao corpo da edificação, apresentando as quinas arredondadas e sobre esse outro, uma pirâmide em granito, cercada por uma balaustrada e que sustenta uma Esfera Armilar – globo terrestre presente na bandeira portuguesa. Quando o Chafariz foi construído o mar chegava até ele, ou melhor, ele se encontrava muito próximo do mar. Com o decorrer dos anos aterros sucessivos foram feitos, distanciando o mar cada vez mais do chafariz. O Chafariz da Pirâmide forneceu água provavelmente até os anos 80, do século XIX.

 

Irineu Evangelista de Souza – Visconde de Mauá
Ano: 1963 – RHM C0505 – Data de Emissão: 28/12/1963
Irineu Evangelista de Sousa nasceu em Arroio Grande no Rio Grande do Sul em 28 de dezembro de 1813. Órfão de pai foi para o Rio de Janeiro onde começou a trabalhar. Aos 23 anos se tornou gerente de uma firma de tecidos que pouco tempo depois ficou sócio. Dentre as suas maiores realizações, encontra-se a implantação da primeira fundição de ferro e estaleiro no país, a construção da primeira ferrovia brasileira, a estrada de ferro Mauá, no atual estado do Rio de Janeiro, o início da exploração do rio Amazonas e afluentes, bem como o Guaíba e afluentes, no Rio Grande do Sul, com barcos a vapor, a instalação da iluminação pública a gás na cidade do Rio de Janeiro e a instalação do cabo submarino telegráfico entre a América do Sul e a Europa. Fundou, no final da década de 1850, o Banco Mauá, MacGregor & Cia e ajudou a fundar o segundo Banco do Brasil, pois o primeiro havia falido em 1829. No auge da sua carreira (1860), controlava dezessete empresas localizadas em seis países (Brasil, Uruguai, Argentina, Inglaterra, França e Estados Unidos). Se tornou Barão em 1854 e Visconde em 1874. Na vida política, ele se destacou como um deputado liberal e abolicionista. Por causa de seus ideais, o Visconde passou a sofrer sabotagens aos seus negócios. Em 1875, o Banco Mauá decretou falência. Em seguida, o Visconde de Mauá teve que vender todas as suas empresas a capitalistas estrangeiros para pagar suas dívidas. Ele faleceu em Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, em dia 21 de outubro de 1889.

 

Cavalo Mangalarga Marchador
Ano: 1985 – RHM C1446 – Data de Emissão: 19/03/1985
O Mangalarga Marchador é considerada a raça mais antiga formada na América Latina. É uma raça de cavalos cuja origem remonta à coudelaria Alter Real (Lusitano), que chegou ao Brasil por meio de nobres da Corte portuguesa. Em 1812, Gabriel Francisco Junqueira (o barão de Alfenas) iniciou sua criação de cavalos cruzando garanhões da raça Alter com éguas comuns da Fazenda Campo Alegre, situada no Sul de Minas Gerais. Como resultado desse cruzamento, surgiu um novo tipo de cavalo que foi denominado Sublime pelo seu andar macio. Esses cavalos cômodos chamaram muito a atenção, e logo o proprietário da Fazenda Mangalarga trouxe alguns exemplares de Sublimes para seu uso em Paty do Alferes, próximo à Corte no Rio de Janeiro. Rapidamente tiveram suas qualidades notadas na sede do Império – principalmente o porte e o andamento – e foram apelidados de cavalos Mangalarga numa alusão à fazenda de onde vinham. Já o nome Marchador foi acrescentado pelo fato de alguns daqueles cavalos terem a função de marchar em vez de trotar. É um cavalo sóbrio, rústico, vigoroso, de muita resistência para as longas caminhadas, dócil e muito elegante. Em 19 de Maio de 2014 foi sancionada a lei que declara os cavalos Mangalarga Marchador raça Nacional.

 

Murilo Mendes
Ano: 2001 – RHM C2378 – Data de Emissão: 13/05/2001
Murilo Monteiro Mendes, ou apenas Murilo Mendes nasceu no dia 13 de maio de 1901, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Dois acontecimentos marcaram a juventude de Murilo Mendes, a passagem do cometa Halley, em 1910, e sua fuga do colégio interno em Niterói para ver, no Rio de Janeiro, as apresentações do dançarino russo Nijinski, em 1917. Ambos, cometa e bailarino, foram considerados por ele, verdadeiras revelações poéticas. Entre os anos de 1924 e 1929, apareceram seus primeiros poemas nas revistas modernistas, “Antropofagia” e “Verde”. O poeta faz parte da chamada Segunda Geração Modernista. Seu primeiro livro, “Poemas”, foi publicado em 1930, com o qual ganhou o prêmio Graça Aranha. No mesmo ano já saiu “Bumba-meu-Poeta” e, em 1933, “História do Brasil”. Até 1935, trabalhou como telegrafista e guarda-livros. Em 1936 passou a exercer a função de Inspetor do Ensino Secundário do Distrito Federal e, dez anos mais tarde assumiu o cargo de escrivão da 4ª Vara de Família do DF (então no Rio de Janeiro). Na década de 1950 viveu quase que exclusivamente na Europa e, a partir de 1957, ensinou Literatura Brasileira na Universidade de Roma. Em 1972, foi agraciado com o prêmio internacional de poesia Etna-Taormina e, nesse mesmo ano, fez sua última visita ao Brasil. Faleceu em Lisboa, no dia 13 de agosto de 1975, aos 74 anos de idade, deixando várias obras inéditas, publicadas postumamente na Europa e no Brasil.

 

Esportes Radicais: Surf
Ano: 2000 – RHM 790 – Data de Emissão: 01/08/2000
O surfe é uma prática desportiva efetuada sobre as ondas do mar, frequentemente considerada parte do grupo de atividades denominadas “esportes radicais”. O surf, provavelmente, surgiu nas Ilhas Polinésias, através dos povos nativos. Constantemente tinham que se atirar ao mar com seus barcos feitos artesanalmente para pescar, e quando voltavam, deslizavam sobre as ondas para chegar mais rápido à terra firme. Mais tarde, porém, nas ilhas do Hawaii, o surf começou a ser praticado pelos antigos reis hawaianos com pranchas feitas de madeira, extraídas de árvores locais. Até o início do século XX, a maioria dos hawaianos praticava o surf como atividade de lazer. O reconhecimento mundial veio com o campeão olímpico de natação e pai do surf moderno, o havaiano Duke Paoa Kahanamoku. Ao vencer os jogos de 1912, em Estocolmo, o atleta disse ser um surfista e passou a ser o maior divulgador do esporte no mundo. Em muitos países o surf começou a ser praticado regularmente, e por volta dos anos 20 começaram a aparecer os primeiros campeonatos na Califórnia e na década de 60 o surf tornou-se competitivo e profissionalizante. Em 1975, o surf estava sendo reconhecido mundialmente como um esporte, ganhando assim um número considerável de praticantes em vários locais onde as condições do mar eram propícias. O ingresso do surfe no Brasil se deu por meio dos trabalhadores de companhias aéreas que, ao entrar em contato com o surfe fora do país, trouxeram o esporte para nosso país. Iniciando pela praia paulista de Santos e logo caindo nas graças dos cariocas, o surfe rapidamente se espalhou pelo litoral brasileiro.

 

Exposição Internacional e Universal de Bruxelas
Ano: 1958 – RHM C0405 – Data de Emissão: 17/04/1958
Bruxelas na Bélgica foi sede da Exposição Universal de 1958. A exposição foi realizada entre 17 de abril e 19 de outubro de 1958. O evento contou com a participação de 52 países e mais de 40 milhões de visitantes. Era a primeira exposição internacional realizada após a segunda guerra mundial. O tema escolhido para este evento foi: “Por Um Mundo Mais Humano”. Em pleno período de revolução tecnológica e guerra fria, a intenção declarada era promover a colaboração entre os homens, o auxílio mútuo, a contribuição de cada povo ao patrimônio universal. O Pavilhão do Brasil em Bruxelas foi um projeto do arquiteto Sergio Bernardes. O local do projeto era um lote bastante inclinado no canto mais afastado da área da Expo. Bernardes imaginava como o público ia chegar: cansado e já cheio de impressões. Resolveu então desenrolar um tapete “vermelho” de concreto: uma rampa descendente em direção ao bar, ao jardim tropical (projeto do paisagista Burle Marx) e às atrações na sala de cinema. Por cima ele estendeu uma cobertura fina de concreto, dependurada entre quatro torres esguias. A rampa e a cobertura suspensa definiram o layout do pavilhão: um espaço amplo, sem colunas, ao redor de um jardim interno. Bernardes acrescentou um balão ao conjunto, tornando-se o símbolo do pavilhão brasileiro. O tema escolhido para a exposição brasileira em Bruxelas foi: ‘O Brasil constrói uma civilização ocidental nos trópicos’.

 

Mulheres Famosas do Brasil: Ana Neri
Ano: 1967 – RHM 530 – Data de Emissão: 12/05/1967
Ana Justina Ferreira Neri nasceu na Vila Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira do Paraguaçu (Cachoeira), Bahia, em 13 de dezembro de 1814. Viúva do capitão-de-fragata Isidoro Antônio Néri, não se conforma em ver os três filhos – o cadete Pedro Antônio Néri e os médicos Isidoro Antônio Néri Filho e Justiniano de Castro Rebelo – e mais dois irmãos, ambos oficiais do Exército, serem convocados para a Guerra do Paraguai. Decide escrever ao presidente da província uma carta na qual oferece seus serviços como enfermeira durante todo o tempo em que durasse o conflito. Deixa a Bahia, pela primeira vez na vida, em 1865 e vai auxiliar o corpo de saúde do Exército. Trabalha no hospital de Corrientes, onde conta com a ajuda de poucas freiras vicentinas para cuidar de mais de 6 mil soldados internados. Ana Neri tornou-se a primeira mulher enfermeira do país. Parte algum tempo depois, atuando em Salto, Humaitá, Curupaiti e Assunção. Na capital paraguaia, então ocupada e sitiada pelo Exército brasileiro, monta uma enfermaria-modelo, utilizando para isso recursos financeiros pessoais, herdados da família. Volta ao Brasil em 1870, recebendo várias homenagens, entre elas as condecorações com as medalhas de prata humanitária e de campanha. Recebe do imperador dom Pedro II uma pensão vitalícia, com a qual educa quatro órfãos recolhidos no Paraguai. Ana Justina Ferreira Neri faleceu no Rio de Janeiro em 20 de maio de 1880.
JOSÉ PAULO BRAIDA LOPES

 

Mico-leão-dourado
Ano: 1994 – RHM C1896 – Data de Emissão: 24/05/1994
Uma das principais espécies da fauna brasileira, o mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) resiste à extinção há décadas. A principal causa da vulnerabilidade e do risco de extinção do mico-leão-dourado é a fragmentação do seu habitat, a Mata Atlântica. Historicamente a Mata Atlântica vem sendo explorada e destruída desde a época da colonização do Brasil. É uma espécie endêmica do Rio de Janeiro e Espírito Santo, porém, atualmente, encontra-se extinto na região do Espírito Santo e na região do Rio de Janeiro, estão restritos a apenas 4 cidades. Originalmente, era chamado pelos índios de “sauí-piranga” devido a sua pelagem. As principais características da espécie são: os pelos em tons de vermelho-dourado, longos braços, dedos longos e com garras nas mãos, fortes pernas e longa cauda permitem uma locomoção ágil e acrobática em todos os substratos da floresta, possuem comprimento médio de 587 mm e peso médio de 500g a 700g. Ele vive cerca de oito anos, tem hábitos diurnos e, à noite, dorme em ocos de árvores ou emaranhados de cipós e bromélias. Se alimenta de frutos, animais invertebrados e pequenos vertebrados. O mico-leão-dourado é um símbolo da luta pela conservação da biodiversidade no mundo todo.

 

Prudente de Moraes
Ano: 1942 – RHM C0174 – Data de Emissão: 25/05/1942
Prudente José de Moraes Barros nasceu em Itu, São Paulo, no dia 4 de outubro de 1841. Em 1857 mudou-se para São Paulo e forma-se em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo no ano de 1863. Volta em seguida para Piracicaba, onde começa a carreira política. Em 1889 fez parte da Junta Governativa de São Paulo, ao ser instaurada a Republica, e em seguida tornou-se o primeiro governador republicano paulista. Em 1894 o recém-fundado Partido Republicano Federal apresentou Prudente de Moraes como candidato único ao cargo de Presidente da República. Eleito em 1 de março de 1894 foi o primeiro presidente eleito pelo voto popular, tomando posse em 15 de novembro como o primeiro presidente civil. Sua vitória simbolizava o término do poder político dos militares e a ascensão política dos fazendeiros, ou das oligarquias agrárias. No governo, enfrenta a ocupação da Ilha de Trindade pelos ingleses, pacifica o Rio Grande do Sul, conflagrado pela Revolta Federalista, e vence os rebeldes de Canudos, conflito que abala o país, em 1897. No dia 15 de novembro de 1898, transmitiu o cargo para o novo presidente, Campos Sales. Prudente de Moraes faleceu em Piracicaba, São Paulo, no dia 3 de dezembro de 1902.

 

Igreja e Convento de São Francisco em Salvador/BA
Ano: 1987 – RHM C1563 – Data de Emissão: 04/10/1987
Entre os templos religiosos mais famosos de Salvador, estão a Igreja e o Convento de São Francisco, no Centro Histórico. No início do século XVIII, os frades franciscanos levaram 40 anos para construir aquela que hoje é considerada uma das sete maravilhas portuguesas no mundo. Tudo construído pela ordem franciscana e custeada pela coroa portuguesa e por doações de fiéis. Sua origem data de 1686, seguindo um projeto do Padre Vicente das Chagas. O convento foi iniciado primeiro e, em 1708, foi lançada a pedra fundamental da igreja, com o edifício terminado em 1723, mas sua decoração ainda levou mais tempo. O convento foi concluído em 1752, porém todo o complexo só foi finalizado em 1782, com a colocação dos azulejos (considerado o maior conjunto de azulejos portugueses em terras brasileiras) e arremate da portaria. Todas as superfícies do interior – paredes, colunas, teto, capelas – são revestidas de intrincados entalhes e douraduras, com florões, frisos, arcos, volutas e inúmeras figuras de anjos e pássaros espalhadas em vários pontos, além de painéis em azulejos portugueses com cenas e inscrições moralistas diversas. A estimativa é de que tenha sido utilizada uma tonelada de ouro na ornamentação.

 

Padre Manuel da Nóbrega
Ano: 1949 – RHM C0245 – Data de Emissão: 29/03/1949
Padre Manuel da Nóbrega foi um jesuíta português, nascido na região do Minho, em 18 de outubro de 1517. Estudou na Universidade de Salamanca e na Universidade de Coimbra, adquirindo os títulos de bacharel em direito canônico e filosofia. Em 1544, o padre entrou para a Companhia de Jesus e começou a fazer viagens de peregrinação e pregação pela Península Ibérica. Foi a convite do rei D. João III, que Manuel da Nóbrega veio para o Brasil, onde desembarcou na Bahia com a armada de Tomé de Souza, colaborando na fundação de Salvador. Em 1552 deixa Salvador partindo para São Vicente, onde em 1553, ao lado do Padre José Anchieta, funda o Colégio São Paulo na aldeia de Piratininga, lançando as a bases para a futura cidade de São Paulo. Prosseguiu seu trabalho de catequese, aproveitando sua influência sobre os índios para ajudar Mem de Sá na expulsão dos franceses que haviam se estabelecido no Rio de Janeiro em 1555. Em abril de 1563 Nóbrega e Anchieta iniciam o trabalho de pacificação dos tamoios, que retiraram seu apoio aos invasores franceses, sendo estes finalmente derrotados. Estácio de Sá fora encarregado de fundar uma cidade, São Sebastião do Rio de Janeiro, construindo um colégio de jesuítas, do qual Manuel da Nóbrega participara na fundação. Padre Manuel da Nóbrega faleceu no Rio de Janeiro, em 1570, no dia em que completava 53 anos de idade.

 

Corrida de São Silvestre
Ano: 1974 – RHM C0871 – Data de Emissão: 23/12/1974
Em 31 de dezembro, na virada do ano de 1924 para 1925, foi realizada, em São Paulo, a primeira corrida de São Silvestre (santo a quem é dedicado o dia 31 de dezembro). A ideia partiu do jornalista Cásper Líbero (1889-1943), que se inspirou numa corrida noturna francesa, em que os competidores carregavam tochas de fogo durante o percurso. A primeira edição, com um percurso de 8,8 km, contou com sessenta atletas inscritos. Destes, 48 apareceram para correr. O vencedor foi Alfredo Gomes, com o tempo de 23min10s. A prova passou por várias alterações ao longo dos anos. Até 1989 era realizada à noite, mas migrou para a tarde. Dois anos depois, atingiu a sua extensão atual, com 15 quilômetros (antes variava de 6 a 13 quilômetros). No ano de 1975, a ONU declarou aquele como sendo o Ano Internacional da Mulher. Atento ao impacto desse anúncio, a prova determinou que uma modalidade feminina também integrasse a competição. Nas primeiras vezes que isso aconteceu, homens e mulheres percorriam o trajeto em conjunto para só depois terem suas respectivas classificações em separado. Em 1989, além da mudança no horário, a prova foi separada por sexo. Depois do Brasil (29 vitórias), o Quênia é o país com maior número de títulos masculinos da São Silvestre, com 14. No lado feminino, o país africano domina com sobras: são 12 conquistas, cinco a mais que Portugal, “vice-líder” da lista com sete vitórias.

 

Ararajuba
Ano: 2000 – RHM C2272 – Data de Emissão: 22/4/2000
A Ararajuba é uma ave que aparece apenas no Brasil. Possui o nome científico de Guaruba guarouba e pertence a família Psittacidae. É conhecida popularmente como guaruba, guarajuba e tanajuba, com tamanho entre 34 a 36 cm de comprimento e expectativa de vida de 35 anos. A ararajuba apresenta a coloração da bandeira brasileira: é amarela com as pontas das asas verdes. Seu nome brasileiro e indígena, ‘Ararajuba’, significa ‘arara’. A espécie ocorre principalmente em áreas de floresta no sudeste do Amazonas, oeste do Maranhão e nordeste do Pará. Essas aves são extremamente sociais, mesmo durante o período reprodutivo. Alimentam-se de sementes, frutos oleosos, frutas e flores. As aves se reúnem em grupos de até 40 indivíduos, divididos em bandos menores de tamanhos variáveis que pernoitam em ninhos separados nas copas das árvores de florestas úmidas altas. Os machos e as fêmeas são semelhantes, ou seja, não apresentam dimorfismo sexual. Por isso, seu sexo somente pode ser determinado através de exames de DNA. As Ararajubas estão ameaçadas de extinção e sua população total hoje está estimada em apenas mil a três mil indivíduos, e está em declínio.

 

Chico Landi
Ano: 2000 – RHM C2345 – Data de Emissão: 12/10/2000
Francisco Sacco Landi é um dos nomes mais importantes da história do automobilismo brasileiro. Nascido em 11 de julho de 1907, Chico Landi foi o primeiro brasileiro a competir na Fórmula 1, no GP da Itália de 1951. Em 1934 participou pela primeira vez de uma corrida, o II Grande Prêmio da Cidade do Rio de Janeiro, no Circuito da Gávea. Quando Enzo Ferrari estabeleceu-se com sua firma em 1947 e construiu o primeiro carro de corrida, o carro esporte 125 S, inscreveu-o no Grande Prêmio de Bari, na Itália, em 1948, e chamou para pilotá-lo Chico Landi, que venceu a corrida, o que acabou provocando um pequeno problema para os organizadores da prova, que por não terem o hino nacional brasileiro, acabaram tocando “O Guarani”, de Carlos Gomes. Em 1951, no Grande Premio de Monza da Itália Chico Landi participou pela primeira vez de uma corrida de Formula 1, com uma Ferrari alugada. Chico conseguiu a 16ª colocação no grid entre 22 pilotos. No entanto, a primeira corrida de um brasileiro na história da F1 durou apenas uma volta, devido à quebra da transmissão. Chico Landi correu até 1974, quando disputou as 25 Horas de Interlagos ao lado do filho Luiz Landi e de Antônio Castro Prado. A equipe, a bordo de um Maverick, terminou a prova em terceiro lugar. Chico Landi faleceu no dia 07 de junho de 1989, aos 81 anos, vítima de insuficiência cardíaca. Seu corpo foi cremado e suas cinzas, espalhadas pelo autódromo de Interlagos.

 

Estação Ferroviária de São João del Rei
Ano: 1984 – RHM C1409– Data de Emissão: 23/7/1984
O Centro de Preservação da História Ferroviária de São João del Rei constitui-se num conjunto de antigos prédios totalmente restaurados, que serviram à antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas – EFOM. Ali funcionou a Estação Ferroviária, o Almoxarifado, o Armazém Ferroviário, a Oficina de Manutenção, além da Rotunda. O Prédio da Estação Ferroviária foi inaugurado em 28 de agosto de 1881, é uma belíssima estrutura de ferro com um primoroso acabamento. Hoje funciona normalmente como Estação Ferroviária. É através dele é que se tem acesso ao Museu, à Rotunda e ao Prédio da Oficina. O atual Museu Ferroviário, antigo Armazém de carga da ferrovia, anexo à Estação de São João Del Rei, foi inaugurado por ocasião do centenário da Estrada de Ferro Oeste de Minas, em 1981. No Museu encontra-se, entre suas relíquias, a locomotiva número 1. A Rotunda de São João Del Rei, com edifício e telhado em forma diagonal, vãos em arco pleno, paredes em alvenaria de tijolos, cuja recuperação realizada pela Rede Ferroviária, procurou manter os elementos construtivos originais. Dos elementos originais foram conservados o “girador de locomotivas”, as linhas e valas de inspeção. Nela acham-se guardadas diversas locomotivas e vagões. As Oficinas de Manutenção, cujo prédio foi inaugurado em 1822, possui máquinas centenárias de fabricação inglesa, em perfeito estado de conservação, que ainda hoje continuam dando assistência na reparação das locomotivas e vagões.

 

Glauber Rocha
Ano: 1986 – RHM C1533– Data de Emissão: 20/11/1986
Glauber de Andrade Rocha, cineasta brasileiro, um dos líderes do cinema novo, do movimento vanguardista, foi o responsável por uma grande renovação do cinema brasileiro, na década de 1960. Um dos mais polêmicos criadores do cinema nacional, tanto pela originalidade de suas obras, como por suas declarações polêmicas. Glauber Rocha nasceu em Vitória da Conquista, na Bahia, no dia 14 de março de 1939. Em 1947 mudou-se com a família para Salvador. Em 1959 ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, hoje Universidade Federal da Bahia. Nesse mesmo ano, teve seu primeiro contato com o cinema na produção do documentário “O Pátio”. No ano seguinte produziu “Cruz na Praça”. Glauber realizou sucessos nacionais e internacionais como “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, “Terra em Transe” e “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”. Foi indicado à Palma de Ouro em Cannes já em seu segundo longa e seria lembrado no Festival algumas outras vezes, sendo indicado à Palma de Ouro novamente nos filmes “Terra em Transe”, “O Dragão da Maldade” e “Di Cavalcanti” (na categoria de Curta-metragem). Em 1969, ele recebeu o prêmio de Melhor Diretor no Festival, empatado com o cineasta thceco Vojtech Jasný. Como jornalista, Glauber colaborou com o Pasquim, a Folha de S. Paulo e o Jornal do Brasil, entre outros, além de uma breve passagem pela televisão. Faleceu em 22 de agosto de 1981. Estava com apenas 42 anos.

 

Câncer
Ano: 1948 – RHM C0241– Data de Emissão: 14/12/1948
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. Existem diversos tipos de câncer. O câncer pode se desenvolver em qualquer órgão ou tecido. Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases). A grande maioria dos cânceres, cerca de 90-95% dos casos, ocorre devido a fatores ambientais. Os 5-10% restantes são devido à hereditariedade genética. Os fatores ambientais englobam qualquer causa que não seja herdada geneticamente, como o estilo de vida, nível econômico e fatores comportamentais, e não apenas a poluição. Entre os principais fatores ambientais que contribuem para a morte por câncer estão o tabagismo, maus hábitos alimentares e obesidade, além de infecções, radiação, estresse, sedentarismo e poluentes ambientais. A adoção de hábitos saudáveis, atitudes de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento são fundamentais para o controle da doença. (Texto: Dr. José Roberto Melo)

 

Benjamin Constant
Ano: 1939 – RHM C0143 – Data de Emissão: 15/11/1939
Benjamin Constant Botelho de Magalhães nasceu no dia 18 de outubro de 1833, em São Lourenço, Niterói, Rio de Janeiro. Em 1852 ingressa no Exército. Estuda engenharia na Escola Central e astronomia no Observatório do Rio de Janeiro. Em 1887 funda o Clube Militar, importante centro de propaganda republicana do qual se torna presidente. Em 9 de novembro de 1889 preside a sessão na qual os membros do Clube Militar decidem pela queda da Monarquia. Após a proclamação da República assume a pasta da Guerra no governo provisório e, em 1890, é aclamado general-de-brigada em comício público. Nesse mesmo ano passa a chefiar o Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos. Foi o idealizador da expressão “Ordem e Progresso” da Bandeira brasileira, inspirado no ideal positivista do francês Augusto Comte, que pregava “O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”. Benjamin Constant faleceu no dia 18 de janeiro de 1891, em Jurujuba, Niterói. O “Instituto dos Meninos Cegos”, criado pelo imperador D. Pedro II em 1854, em que Benjamin Constant atuou como professor de matemática e diretor teve seu nome alterado em homenagem a ele. A partir de 1891 passou a ser chamado “Instituto Benjamin Constant”.

 

Voleibol
Ano: 1995 – RHM C1950 – Data de Emissão: 08/07/1995
O voleibol é uma das modalidades esportivas mais conhecidas atualmente. Trata-se de um jogo competitivo entre duas equipes dividias por uma rede. O objetivo é fazer a bola tocar o chão da área do adversário e impedir que isto aconteça em sua própria área. Assim, esse é um esporte que visa deixar a bola sempre no ar, em fluxo. O vôlei é um esporte originado nos Estados Unidos e foi criado por William G. Morgan em 1895 na Associação Cristã de Moços (ACM) de Holyok , ou seja, 4 anos após a criação do basquete. E isso não foi uma coincidência, já que o esporte foi criado como uma alternativa de pratica esportiva a ser realizada por pessoas de idade mais avançada e também dentro de uma quadra fechada para fugir do frio rigoroso do inverno da região. O vôlei se tornou conhecido na América Latina por volta de 1910, quando autoridades peruanas entraram em contato com educadores dos Estados Unidos em busca de aprimoramentos em seus programas de Educação Física. Não se sabe exatamente quando o esporte chegou ao Brasil. Acredita-se que o mesmo tenha sido introduzido pela ACM de São Paulo, por volta de 1916. Foi apenas em 1964 que o esporte chegou as Olimpíadas, mais precisamente nas Olimpíadas de Tóquio.

 

Igreja Matriz de São Cosme e São Damião em Igarassu/PE
Ano: 1977 – RHM C1024 – Data de Emissão: 08/12/1977
A Igreja Matriz de São Cosme e São Damião foi construída em 1535 mediante ordem de Duarte Pereira Coelho, que era devoto de São Cosme e Damião, 35 anos depois da chegada dos portugueses em solo brasileiro, e é a igreja mais antiga em atividade de todo o país. Está localizada no Sítio Histórico de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. Aos santos, é atribuído um milagre supostamente ocorrido em 1685. Quando as cidades vizinhas de Recife, Olinda, Itamaracá e Goiana foram assoladas pela febre amarela, Igarassu escapou ilesa da praga. No ano de 1951, foi declarada Patrimônio Histórico Artístico Nacional. A Igreja Matriz de São Cosme e São Damião é marcada pela fachada sóbria e em cor branca. Seu interior traz traços de diversos momentos da história brasileira, como quadros que retratam as cenas da guerra contra os invasores holandeses e detalhes de diferentes tipos de arquitetura, entre os quais o barroco e o jesuítico.

 

Mário de Andrade
Ano: 1993 – RHM C1869 – Data de Emissão: 29/10/1993
Mário Raul Morais de Andrade nasceu em 9 de outubro de 1893, em São Paulo, cidade em que morou por quase toda vida. Mário de Andrade foi romancista, cronista, ensaísta, musicógrafo, crítico, jornalista, professor, pesquisador, conferencista, poeta e contista. Produziu diversas obras e se tornou uma referência na língua brasileira. O escritor ajudou a organizar a Semana de Arte Moderna de 1922 e esteve ao lado de grandes personalidades do modernismo, como Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Menotti del Picchia. Entre as obras mais importantes do autor, vale destacar “Amar, verbo intransitivo” (1927), “Macunaíma” (1928) e “Paulicéia Desvairada” (1922). O último livro, inclusive, marca o começo do modernismo literário brasileiro. Um capítulo à parte em sua produção literária é constituído pela correspondência do autor, volumosa e cheia de interesse, ininterruptamente mantida com colegas como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Fernando Sabino, Augusto Meyer e outros. Mário de Andrade faleceu em 25 de fevereiro de 1945, após sofrer um infarto em casa, aos 52 anos. Em 1993, quase 48 anos após a morte de Mário de Andrade, a Casa da Moeda do Brasil emitiu a cédula de 500.000 cruzeiros em sua homenagem. Foi a cédula com maior valor de face já emitida na história das moedas nacionais.

 

Exposição Internacional do Centenário da Independência
Ano: 1922 – RHM C0016– Data de Emissão: 07/09/1922
A segunda grande Exposição e marco do período que abrange as duas primeiras décadas do século XX no Brasil ocorreu em 1922 também na cidade do Rio de Janeiro, em função do primeiro Centenário da Independência do Brasil. Foi sugerido aos responsáveis pela organização dos eventos comemorativos que se realizasse uma monumental Exposição Nacional. Esta relevaria o acontecimento da Independência do Brasil e exibiria ao mundo os avanços da nação brasileira enquanto nação republicana. No entanto, devido à grande quantidade de países estrangeiros interessados em participar das comemorações do nosso centenário, houve, pois, uma mudança no caráter do evento – tornando-se assim internacional. A Exposição Internacional do Centenário da Independência foi oficialmente aberta em 7 de setembro de 1922, durante o governo do presidente Epitácio Pessoa, e o seu encerramento se deu em julho de 1923. O evento ocupou uma extensa área decorrente de aterramentos e intervenções diversas, formando duas áreas contíguas, que se estenderam do Palácio Monroe ao Mercado da Praça XV. Nesta área foram construídos prédios monumentais, para abrigar stands dos 14 países e de todos os estados brasileiros. Ao todo 20 pavilhões foram construídos, além de duas portas monumentais e um parque de diversões. Do evento de 1922, restam ainda no centro da cidade do Rio de Janeiro os prédios da Academia Brasileira de Letras (ABL) que era o pavilhão da França e o Museu da Imagem e do Som.

 

Oswaldo Cruz
Ano: 1950 – RHM C0255 – Data de Emissão: 23/08/1950
Oswaldo Gonçalves Cruz nasceu em São Luís do Paraitinga/SP em 5 de agosto de 1872. Com apenas 14 anos de idade ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde se doutorou em 1892. Clinicou no Rio de Janeiro até os primeiros meses de 1896, quando viajou para a França, a fim de aperfeiçoar seus conhecimentos, sobretudo de bacteriologia. Entre 1896 e 1899 estagiou no Instituto Pasteur de Paris. De volta ao Brasil participou do combate ao surto de peste bubônica em Santos (SP) e outras cidades portuárias. O controle da epidemia dependia do emprego do soro adequado. Para produzi-lo foram criados o Instituto Butantã, em São Paulo e o Instituto Soroterápico Federal em Manguinhos, cuja direção assumiu em 1902. Coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola no Rio de Janeiro. Entre 1908 e 1912 trabalhou na campanha de erradicação da febre amarela em Belém do Pará, fez levantamentos sobre as condições sanitárias do vale do rio Amazonas e da região onde seria construída a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré em Rondônia. Em 1916 ajudou a fundar a Academia Brasileira de Ciências. No ano seguinte, em 11 de fevereiro de 1917, Oswaldo Cruz faleceu de insuficiência renal.

 

Vitória-régia
Ano: 1979 – RHM C1091 – Data de Emissão: 05/06/1979
Vitória-régia (Victoria amazônica), uma das mais lindas plantas aquáticas do mundo, da família das Ninfeáceas tem a folha de formato circular e podem atingir até 2,5 metros de diâmetro. É bastante resistente e pode aguentar um peso de até 45 quilos se bem equilibrados em sua superfície que se parece uma bandeja. De cor verde na parte virada para cima e interna, e purpúrea na sua borda externa e parte inferior, a vitória-régia vive em lagos, lagoas e rios de águas tranquilas. Seu nome originou-se de uma homenagem feita pelo botânico inglês John Lindley a rainha Vitória, da Inglaterra, no século XIX. As flores são lindas, grandes e perfumadas e surgem no verão, durando apenas 48 horas. No primeiro dia da floração elas se mostram brancas e no segundo dia, o da polinização, elas se tornam róseas. Sua flor alcança até 30 cm. As flores possuem várias camadas de pétalas e, no meio, um botão circular onde ficam as sementes. Só se abrem de noite e liberam um delicioso e adocicado perfume. Além da beleza, a vitória-régia tem aplicações na alimentação: suas sementes são feculentas e saborosas, principalmente quando torradas. O rizoma também é comestível e muito consumido pelos indígenas de Mato Grosso.

 

Símbolo do 4º Centenário da Cidade de São Paulo
Ano: 1953 – RHM C0294 – Data de Emissão: 25/01/1953
O monumento-símbolo da cidade de São Paulo foi projetado por Oscar Niemeyer para a entrada principal do Parque Ibirapuera. Ele era uma enorme e elegante espiral de concreto, inclinada em 60 graus, com 17 metros de altura, que parecia irromper do solo avançando para o céu. A ideia era que aquilo simbolizasse o espírito progressista e laborioso de São Paulo. Antes mesmo de começar a ser construído, o monumento foi adotado como logomarca oficial da cidade e passou a ser o símbolo das comemorações do Quarto Centenário de São Paulo. Estava estampado por todos os lugares, daí a grande expectativa de que ele ficasse pronto antes de 25 de janeiro de 1954, data do aniversário da cidade. Acontece que o formato projetado por Niemeyer não era possível de ser construído com os materiais e com a tecnologia da época, e a cada tentativa a estrutura simplesmente ia ao chão. As vésperas da inauguração, a solução foi construir o monumento em juta e gesso – e torcer para não chover antes do dia 25 de janeiro. Logo após a inauguração, na primeira chuva, o monumento “derreteu” e sua estrutura acabou sepultada na entrada do Parque Ibirapuera.

 

Campanha de Educação Florestal
Ano: 1956 – RHM C0382 – Data de Emissão: 30/09/1956
Em 21 de setembro de 1956, foi lançada oficialmente a Campanha Nacional de Educação Florestal empreendida sob a coordenação do Serviço Florestal Federal (SFF) do Ministério da Agricultura. A Campanha foi criada com o objetivo de ordenar, prover e auxiliar as atividades relativas à utilização racional, proteção e renovação dos recursos ambientais do país. Em um primeiro momento, a Campanha realizou cursos, aulas, palestras, exposições e reuniões com membros de diversas instituições, principalmente em escolas públicas e privadas, alertando sobre a importância da proteção da natureza nacional e realizando até mesmo mutirões de reflorestamento. Outra iniciativa foram as entrevistas realizadas com políticos e personalidades de destaque nacional, na tentativa de colher o parecer e a conscientização ambiental dos líderes públicos do país. Outra frente foi a organização de equipes, que levariam a todo o país exposições com o objetivo de ensinar ao homem do ‘sertão’, os princípios elementares da exploração ambiental. A Campanha foi pioneira na promoção de uma cultura de preservação do meio ambiente e dos recursos naturais do país.

 

Mulheres Famosas do Brasil: Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão
Ano: 1967 – RHM 527 – Data de Emissão: 11/08/1967
Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão (Ouro Preto, 8 de novembro de 1767 – Ouro Preto, 9 de fevereiro de 1853) foi uma das mulheres envolvidas na Inconfidência Mineira, e noiva do inconfidente, jurista e poeta Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810). Tomás Gonzaga chega em 1782 na então cidade de Vila Rica (atual Ouro Preto), em Minas Gerais, sendo nomeado ouvidor e juiz. No mesmo ano, conheceu Maria Doroteia, jovem de apenas dezesseis anos, a qual inspirou a composição do conjunto de poemas intitulados “Marília de Dirceu” sob o pseudônimo pastoril de Dirceu. No ano de 1788, pede Maria Doroteia em casamento, porém, a família da jovem, muito tradicional, inicialmente se opôs ao matrimônio e só mudou de opinião com o passar do tempo. Poucos dias antes de se casar, ele foi acusado de participar da Inconfidência Mineira. Exilado na África, nunca mais deu notícias ou voltou ao Brasil. Maria Dorotéia jamais se recuperou desse desfecho infeliz. Maria Dorotéia permanece solteira, vagando pelas ruas da cidade a espera do amado até morrer aos 85 anos de idade. Mesmo assim, acabou virando a “noiva da Inconfidência”. E inspirou muitos mitos. O mais popular diz que as mulheres envolvidas na rebelião acabaram enlouquecidas, isoladas do mundo e em extrema pobreza.

 

Quintino Bocaiúva
Ano: 1962 – RHM C0482 – Data de Emissão: 27/12/1962
Quintino Antônio Ferreira de Sousa nasceu em Itaguaí, Rio de Janeiro, no dia 4 de dezembro de 1836. Em 1850 muda-se para São Paulo e começa a trabalhar como tipógrafo e revisor e a estudar direito, mas não termina o curso por falta de recursos. Volta para o Rio de Janeiro em 1854 e faz carreira na imprensa, escrevendo para jornais como O Globo e O País, nos quais defende as ideias republicanas. Ficou conhecido como o “Príncipe” dos jornalistas brasileiros. Adota o nome indígena Bocaiúva para reafirmar seu nacionalismo. A aproximação de Quintino Bocaiúva com personalidades civis (chamados de casacas) e militares descontentes com o regime monárquico (especificamente junto a Benjamin Constant Botelho de Magalhães e ao Marechal Deodoro da Fonseca), foi decisiva nos acontecimentos que levaram à deposição do Imperador e à Proclamação da República Brasileira (1889). Foi o único civil a cavalgar, ao lado de Benjamin Constant e do Marechal Deodoro da Fonseca, com as tropas que se dirigiram ao quartel-general do Exército brasileiro, na manhã de 15 de novembro, quando da proclamação da República. Como político, foi o primeiro ministro das relações exteriores da República, de 1889 a 1891 e presidente do estado do Rio de Janeiro, de 1900 a 1903. Quintino Bocaiúva faleceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de junho de 1912.

 

Henrique da Rocha Lima
Ano: 1966 – RHM C0548 – Data de Emissão: 26/04/1966
Nascido no Rio de Janeiro em 24 de novembro de 1879, Henrique da Rocha Lima tornou-se famoso internacionalmente pela descoberta da causa do tifo epidêmico (ou exantemático), uma doença transmitida pelo piolho do corpo que afligia combatentes e prisioneiros de guerra na Europa. Em 15 de fevereiro de 1916, Rocha Lima anunciou a descoberta do causador do tifo epidêmico. Era uma pequeníssima bactéria, que se desenvolvia no interior das células intestinais dos piolhos, um agente que denominou Rickettsia prowazeki. O nome do agente foi dado por Rocha Lima em homenagem aos pesquisadores Howard Taylor Ricketts e Stanislas Von Prowazek, que morreram vítimas da moléstia, ao tentar estudá-la. Uma grande injustiça abateu-se sobre Rocha Lima quando Charles Jules Henri Nicolle, em 1928, recebeu o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia pelos trabalhos realizados sobre o tifo epidêmico e o brasileiro nem mesmo foi citado. (Nicolle identificou o agente “transmissor” do tifo epidêmico). Rocha Lima faleceu em 1956, aos 76 anos de idade. Sua vida e sua obra foram uma grande lição para as futuras gerações de pesquisadores de nosso País.

 

Ponte Presidente Eurico Gaspar Dutra
Ano: 2003 – RHM B134 – Data de Emissão: 29/10/2003
A Ponte Presidente Eurico Gaspar Dutra liga os municípios de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro na Bahia. Concebida em 1948, a obra teve início em 1949 sendo concluída em 1954. Tem extensão de 801 metros sobre o Rio São Francisco. Foi a segunda ponte em concreto protendido (concreto com fios ou cabos de aço especiais de protensão) do Brasil. O projeto foi concebido por Eugéne Freyssinet e o cálculo foi desenvolvido na França, por sua equipe. A execução foi feita por um consórcio entre a firma brasileira Estacas Franki Ltda. (de origem belga) e a firma francesa Entreprises Campenon Bernard. A ponte passa sobre a Ilha do Fogo e possui torres com roldanas (atualmente desativadas) que, no passado, serviam para elevar a parte central da pista para permitir a passagem dos grandes vapores que navegavam pelo rio. Inicialmente era uma ponte rodoferroviária. Atualmente ela se presta unicamente ao transporte rodoviário, mas é também utilizada por pedestres e ciclistas. Sobre ela segue a BR-407, uma rodovia federal que, com quase 1.500km de extensão, começa na Bahia (em Vitória da Conquista) e termina no Piauí (em Piriri, sede do Parque Nacional das Sete Cidades).

 

Capistrano de Abreu
Ano: 2003 – RHM C2551 – Data de Emissão: 09/12/2003
João Capistrano Honório de Abreu nasceu na cidade de Maranguape, em 23 de outubro de 1853. Conhecido como Capistrano de Abreu ele foi um importante historiador, que mudou o cenário da historiografia brasileira, no final do século XIX e começo do XX. É considerado um dos primeiros grandes historiadores do Brasil e o responsável pela entrada do nosso país no mundo da historiografia moderna. Uma de suas grandes obras foi o livro “Capítulos da História Colonial (1500 – 1800)”, que foi publicado em 1907. Hoje, as obras do historiador são vistas como grandes fontes de fatos e informações, que fizeram parte da História brasileira. Grande parte de sua vida foi dedicada aos estudos de História do Brasil Colonial. No dia 13 de agosto de 1927, Capistrano faleceu no Rio de Janeiro, cidade onde viveu grande parte de sua carreira profissional.

 

Tatu-canastra
Ano: 1982 – RHM C1261 – Data de Emissão: 04/06/1982
O tatu-canastra (Priodontes maximus) é a maior de todas as espécies de tatus existentes. Chega a medir 1,50 metro de comprimento e pesar 60 quilos (o que equivale a uma criança de 13 anos), por isso é conhecido também como tatu gigante. O tatu-canastra é um animal terrestre e solitário e possui hábitos noturnos. Alimenta-se basicamente de cupins e formigas, não é carnívoro, mas também pode ingerir vegetais. A gestação dessa espécie dura quatro meses e pode nascer um ou dois filhotes. É um mamífero e não possui dentes. Quando jovem o tatu-canastra é alimento de onças-pardas e pintadas. Adulto, não corre esse risco por causa de sua carapaça dura. A garra do tatu-gigante, que pode medir cerca de 20 cm, é usada na escavação de tocas e procura de alimentos. Capaz de construir tocas com mais de 40 centímetros de largura e 30 centímetros de altura, a espécie é considerada “engenheira do ecossistema” já que, com as escavações, é capaz de alterar o ambiente e criar novos habitats. Característico do Cerrado, o tatu-canastra também pode ser encontrado em outros biomas do Brasil e da América Latina como Amazônia, Pantanal e Mata Atlântica, mas a ocorrência é muito rara.

 

Oscarito
Ano: 1990 – RHM C1690 – Data de Emissão: 19/06/1990
Filho de uma família de circenses, com uma tradição de mais de 400 anos de picadeiro, Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Teresa Dias, cujo diminutivo ficou sendo Oscarito, nascido na Espanha, veio para o Brasil com 1 ano, onde se naturalizou e tornou-se um dos maiores gênios da comédia brasileira. Ao lado da família, estreou no circo aos 5 anos, como índio numa adaptação da peça O Guarani, de José de Alencar. Foi palhaço, acrobata, trapezista e ator de teatro de revista. Destacou-se nos palcos satirizando Getúlio Vargas em “Calma, Gegê” (1932). Sua primeira aparição nas telas foi em “A Voz do Carnaval” (1933). No início dos anos 40, estreou na Atlântida. Fez uma parceria com Grande Otelo, que se estendeu por longos anos e resultou em 34 chanchadas. No final dos anos 40, passou a parodiar as superproduções feitas em Hollywood. No antológico “Este Mundo é um Pandeiro” (1947), travestiu-se de Rita Hayworth numa sátira ao filme Gilda; em “Nem Sansão Nem Dalila” (1954), imitou Sansão e Dalila, de Cecil B. de Mille. Com 45 filmes, virou um fenômeno de bilheteria e o comediante mais popular da época. Morreu em 4 de agosto de 1970, após um acidente vascular.

 

Teatro Amazonas
Ano: 1996 – RHM B103 – Data de Emissão: 27/02/1996
O Teatro Amazonas é um belo teatro brasileiro, o segundo maior da Amazônia – superado apenas pelo Theatro da Paz, em Belém. O teatro, inaugurado em 31 de dezembro 1896, é uma das expressões mais significativas da riqueza criada na região durante o final do século XIX. A construção do Teatro Amazonas só foi possível graças ao período conhecido na história socioeconômica brasileira como Ciclo da Borracha. Somente a privilegiada situação econômica da Província do Amazonas, na época propiciada pela exportação da borracha, tornaria possível a implantação na cidade de projetos tão audaciosos, dos quais o Teatro é o exemplo mais expressivo. Para a realização da obra foram trazidos da Europa não apenas profissionais como arquitetos, construtores, pintores e escultores, mas, também, diversos materiais: mármores de Carrara, lustres de Murano, peças de ferro trabalhado da Inglaterra e telhas da França. O Teatro Amazonas, desde a sua inauguração em 1896, viu apresentar-se no seu palco todo tipo de espetáculo: óperas, operetas, musicais, peças de teatro, shows de cantores líricos e populares, festivais, grupos de dança, bandas de música, corais, orquestras e tantos outros. A sala de espetáculos do teatro tem capacidade para 701 pessoas, distribuídas entre a plateia e os três andares de camarotes.

 

*Monumento do marco Zero*
Ano: 2013 – RHM C3300 – Data de Emissão: 22/09/2013
O Monumento do Marco Zero localizado na capital do Amapá, Macapá, é uma marcação exata de onde a Linha do Equador, que divide a Terra em dois hemisférios (Norte e Sul), passa na cidade. O monumento possui cerca de 30 metros de altura e uma abertura circular no topo. É possível a contemplação dos equinócios da primavera (março) e do outono (setembro), quando os dias e as noites têm a mesma duração, através do círculo no alto do Marco. Situado a 2 km do centro de Macapá, o Marco Zero faz parte do Complexo do Marco Zero. O Complexo inclui, além do Monumento do Marco Zero, o Estádio Milton de Souza Corrêa (conhecido como Zerão) e o Sambódromo. Com capacidade para 8 mil pessoas, o Zerão foi concebido de forma a permitir a divisão do campo pela Linha do Equador, possibilitando que um time de futebol se posicione no hemisfério Norte e outro no hemisfério Sul. Como curiosidade: não existem rodovia nem ferrovia de Macapá para outros estados do Brasil: só se viaja para fora do Amapá de avião ou de navio.

 

Humberto Mauro
Ano: 1985 – RHM C1471 – Data de Emissão: 27/07/1985
Humberto Duarte Mauro, nascido numa fazenda de Volta Grande, perto de Cataguases, na Zona da Mata do estado de Minas Gerais em 30 de abril de 1897 tornou-se um dos pioneiros do cinema brasileiro. Ao conhecer Pedro Cornello, um fotógrafo italiano, iniciou a produção de pequenos filmes, com uma câmera doméstica. Fundou, juntamente com Cornello, a Phebo Sul América Filmes, cujo primeiro filme foi “Na Primavera da Vida” (1926). Diretor, produtor, roteirista e ator, ainda fizeram colaborações em cenários e iluminação. Seu segundo filme, “Tesouro perdido” ganhou o prêmio de melhor filme de 1927. Seguiu-se “Brasa Dormida”, filme que elevou o nome de Mauro a um dos melhores diretores do cinema mudo. Já no período do cinema falado, ele dirigiu alguns filmes como “Lábios sem beijos” e “A voz do carnaval”. Seu último filme foi “Carro de bois”, de 1974, documentário gravado em sua terra natal. Humberto faleceu no dia 5 de novembro de 1983, aos 86 anos de idade, na cidade onde nasceu.

 

Participação do Exército Brasileiro no Conflito do Canal de Suez
Ano: 1957 – RHM A086 – Data de Emissão: 24/10/1957
Após a nacionalização do canal de SUEZ pelo presidente egípcio Gamal Abdel Nasser, em 26 de julho de 1956, levou à reação da França e do Reino Unido, administradores da região do canal, armando Israel para invadir a Península do Sinai. Neste impasse, em plena Guerra Fria, o Conselho de Segurança da ONU exigiu a retirada militar da França, Grã-Bretanha e Israel, e enviou a Força Internacional de Paz ao canal, que foi reaberto em 1957. A contribuição brasileira mais significativa durante esta fase ocorreu com o envio de importante contingente militar para o Sinai e Faixa de Gaza no âmbito da Força de Emergência das Nações Unidas. O contingente passou por um revezamento de tropas de sete em sete meses, movimentando cerca de 6 mil homens durante seus dez anos de presença no Sinai (1957-1967). O retorno definitivo das forças ao Brasil se deu em 13 de junho de 1967, após a Guerra dos Seis Dias.

 

Baleia-azul (Balaenoptera musculus)
Ano: 1977 – RHM C0989 – Data de Emissão: 03/06/1977
A baleia-azul é o maior animal do mundo, sendo provavelmente o maior animal que já habitou o planeta. Esse incrível mamífero aquático pode atingir cerca de 30 metros de comprimento. Além disso, pode pesar mais de 150 toneladas. A baleia-azul não possui dentes e alimenta-se exclusivamente de pequenos crustáceos denominados krill. Estima-se que estas baleias consumam até 4 toneladas de krill por dia. Os oceanos fazem parte do habitat natural da baleia-azul. Elas predominam no oceano Atlântico e Pacífico, porém também podem ser encontradas no Antártico e Índico. A baleia-azul é um dos animais em extinção. Foi amplamente caçada no século passado, principalmente no Hemisfério sul, no qual cerca de 360 mil baleias-azul foram mortas. A redução de sua população foi estimada como algo entre 70 e 90%. Para evitar a extinção da espécie, a caça foi proibida no ano de 1966, porém países como Noruega e Japão defendem a caça de baleias para fins comerciais, lucrativos e culturais. Como curiosidade: o seu esguicho, produzido na expiração, pode chegar a 10 metros de altura e sua longevidade é estimada entre 80 e 90 anos.

 

Silvio Romero
Ano: 1951 – RHM C0262 – Data de Emissão: 21/04/1951
Sílvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero nasceu em Lagarto/SE em 21 de abril de 1851, e, faleceu no Rio de Janeiro/RJ em 18 de junho de 1914. Sílvio Romero foi um advogado, jornalista, crítico literário, ensaísta, poeta, historiador, filósofo, cientista político, sociólogo, escritor, professor e político brasileiro. Pesquisador bibliográfico sério e minucioso, preocupou-se, sobretudo, com o levantamento sociológico em torno de autor e obra. Uma das características mais marcantes de Sílvio era o embate violento e intolerante contra outros escritores, intelectuais e políticos, gerando numerosas polêmicas. O mapeamento que Romero faz da literatura brasileira, de suas origens até o século XIX, é o mais completo e detalhado que se fizera até então, colocando seu autor na posição de fundador dos estudos literários brasileiros. Entre 1911 e 1912 residiu em JUIZ de FORA, participando da vida intelectual da cidade, publicando poemas e outros escritos nos jornais locais, prefaciando livros, ministrando aulas no ensino superior e proferindo discursos.
Brasiliana 79 – Hotel Nacional do Rio de Janeiro
Ano: 1979 – RHM B042 – Data de Emissão: 16/07/1979
O Hotel Nacional do Rio de Janeiro é o único projeto de Oscar Niemeyer (1907-2012) que atende o setor hoteleiro. Construído entre 1968 e 1972 o hotel é uma imensa torre de 34 andares de um prédio todo de vidro, cilíndrico, que permite visão 360° de toda a orla da Cidade Maravilhosa, abrigando 413 quartos. Os 14 mil metros quadrados de área do terreno comportavam ainda piscina, jardins desenhados por Burle Marx (1909-1994), centro de convenções para 2.800 pessoas, teatro com 1.400 lugares, boate, cinco restaurantes e lojas. Autoridades do cenário mundial da época, líderes de estado, celebridades, grandes artistas internacionais e gente rica, muito rica, frequentavam suas dependências. Após vários incidentes e problemas administrativos, em março de 1995 foi anunciado o seu fechamento. O prédio foi tombado como Patrimônio Municipal em 1998. Após obras de recuperação sua reinauguração ocorreu dia 15 de dezembro de 2016, data que coincidiu com o aniversário de 109 anos de Oscar Niemeyer e o Dia do Arquiteto. Em março de 2018, após 15 meses de operação o Hotel Nacional foi novamente fechado.

 

XIV CAMPEONATO MUNDIAL DE FUTEBOL – ITÁLIA
Ano: 1990 – RHM: B086; C1680 – Data Emissão: 12/05/1990
A Itália foi o país escolhido para sediar a 14ª Copa do Mundo em 1990. Vinte e quatro países se classificaram para disputar a copa, que foram divididos em seis grupos de quatro seleções cada. Foram disputados 58 jogos em 11 cidades-sede. A primeira partida (Argentina 0x1 Camarões) foi disputada no dia 8 de junho no estádio Giuseppe Meazza (Milão). O Brasil foi eliminado nas oitavas de finais pela Argentina (Brasil 0x1 Argentina). A final (Alemanha 1×0 Argentina) aconteceu no dia 8 de julho no estádio Olímpico (Roma) e a Alemanha conquistou o seu tricampeonato, igualando, naquela oportunidade, ao Brasil em número de títulos de Copa do Mundo. A mascote escolhida para representar a Itália na Copa de 1990 quebrou o padrão usado nas copas anteriores. A figura, parecendo um boneco feito de Lego, cuja cabeça era uma bola de futebol, pintado com as três cores da bandeira italiana, recebeu o nome de “Ciao” ( palavra italiana usada para dar “oi” e “tchau”).